
Jovem viaja quase 80 km por dia para vender balas em semáforo e conseguir pagar faculdade de agronomia: ‘Vale a pena’, disse
Exemplo de esforço e determinação, Walisson dos Santos Ferreira, de 24 anos, viaja quase 80 km por dia para ir de Terezópolis de Goiás, onde mora, a Goiânia, para trabalhar, e fazer o caminho inverso. De de segunda-feira a sábado, ele vende balas em um semáforo da capital. Por trás do empenho, um grande objetivo: pagar o curso de agronomia em uma faculdade particular enquanto sustenta a família.
“É rápido, são cinco anos de faculdade, esses cinco anos vão passar, você fazendo [faculdade] ou não. A pior coisa é você viver a vida toda na dificuldade”, afirma.
Cada pacote de balas, que Walisson pendura no retrovisor de cada carro parado em um semáforo na Rua 1.122 no Setor Marista, esquina com a Avenida 85, leva a seguinte mensagem: “Vendo essas balas por apenas R$ 2 com objetivo de pagar minha faculdade de agronomia. Futuro engenheiro agrônomo”.
Walisson é casado há nove anos com Ariadna Cavalcanti, de 25, com quem tem três filhas pequenas. Ele trabalhava como empacotador em uma fábrica de fraldas, mas foi demitido há cerca de sete meses. Desde então, a renda da família tem sido a venda das balinhas.
Venda de celular
Para começar a empreender no semáforo, Walisson precisou vender o celular para poder comprar os primeiros doces. Ele não conseguiu comprar outro aparelho desde então, pois o valor que ganha com a venda das balinhas é todo destinado a pagar as contas de casa e, agora, a mensalidade do curso, que custa R$ 750 e começa neste mês.
“Tive a ideia de vender balinha no sinal. Comecei, fiz o flyer, comprei as balinhas, vendi até meu próprio celular, porque eu não tinha nem o capital de giro para começar, então vendi meu celular para investir na compra das balinhas”, conta.
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