Juiz converte prisão de ex-funcionário do ministério do Turismo em preventiva

A Justiça Federal no Rio Grande do Norte converteu em preventivas as prisões temporárias do ex-chefe da assessoria parlamentar do gabinete do ministério do Turismo, Norton Domingues Masera, e de Aluísio Henrique Dutra de Almeida, ligados ao ex-ministro Henrique Eduardo Alves. Com isso, não há prazo pra que eles deixem a prisão.

Eles foram presos temporariamente na semana passada na Operação Lavat, que investiga lavagem de dinheiro, e é um desdobramento da Operação Manus, que levou Henrique Alves à prisão, em junho.

Durante a operação, na semana passada, a Polícia Federal fez buscas na sede do ministério. E encontrou R$ 30 mil reais no ministério , na sala de Norton. Ele foi exonerado na semana passada após a ação policial.

O Ministério do Turismo informou que colabora com as investigações.

Entenda

Segundo a PF, a organização criminosa continuou praticando crimes de lavagem de dinheiro. Ao todo, são cumpridos 27 mandados: 22 de busca e apreensão, 3 de prisão temporária e 2 de condução coercitiva. A maior parte ocorre no Rio Grande do Norte.

De acordo com a corporação, durante a análise do material apreendido na operação Manus foram identificadas “fortes evidências quanto à atuação de outras pessoas pertencentes à organização criminosa”, que continuou lavando dinheiro e ocultando valores para o chefe do grupo.

Foi identificado também um esquema criminoso que fraudava licitações em diversos municípios do RN visando a obter contratos públicos que, somados, alcançam cerca de R$ 5,5 milhões, para alimentar a campanha ao governo estudual em 2014.

O nome da operação ainda é referência ao provérbio latino “Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat”, cujo significado é “uma mão esfrega a outra; uma mão lava a outra”.

G1

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