Juíza dança em vídeo viral para divulgar mensagem de otimismo às mulheres: ‘Acredite em você’
Um vídeo de uma juíza de Direito do 1º Juizado de Violência Doméstica contra a Mulher, viralizou nas redes sociais nesta quarta-feira (18). Nas imagens, a magistrada faz um “desafio” de trocas de roupa. Trocando um vestido pela toga, a juíza Maria Consentino, de 53 anos, incentiva jovens e empodera mulheres através das redes sociais. Com mais de 19 mil seguidores no Instagram, a meritíssima tem como lema “ser uma mulher que luta pela outra”.
“O vídeo, aparentemente, é só uma brincadeira para descontrair. Mas ele traz uma mensagem que eu gostaria de passar para vocês. Um dia, eu sonhei em ser juíza. E consegui! Então, você também pode. Acredite em você”, escreveu nas redes sociais.
Em conversa com o Estado de Minas, Maria explica que começou usar as redes sociais na quarentena. “Foi nesse período que eu despertei para as redes sociais. Durante a quarentena, as subnotificações de violência doméstica aumentaram e a necessidade de ser mais útil também. Eu vejo o que eu faço nas redes sociais como uma forma de utilidade pública e social. Quero, através dos vídeos, empoderar as mulheres e informar como um todo”, explica a juíza.
Segundo Maria, ela encontrou nos vídeos na internet uma forma de despertar nas mulheres interesse sobre assuntos sérios. Com leveza, a juíza tenta falar um pouco seu trabalho e mostrar importância da mulher na sociedade.
“Eu sou juíza há 22 anos mas a realidade com que eu me deparo todos os dias, ouvindo as mulheres, não tem nada igual. Às vezes, as pessoas não dão importância para assuntos sérios, que precisam ser falados. Me deparar com essa realidade me fez olhar para mim. Mulheres sofrem pelo patriarcado, sofrem vidas”, diz.
A juíza conta que o interesse pelas redes sociais foi caminhando aos poucos. Ela explica que, através dos comentários das outras mulheres, ela acabou encontrando o empoderamento dentro dela mesma. Compartilhando seu dia a dia no fórum, Maria tenta levar seus conhecimentos como juíza de uma forma mais acessível e leve. “Não é nada forçado. É meu jeito de ser”, brinca.
“Existe uma mistificação com os juízes e juízas. Que somos pessoas inalcançáveis, acima de tudo. Esse distanciamento vem com muita crítica. Acham que temos que seguir um padrão, uma coisa muito séria. E não é assim né? Somos pessoas normais, humanos. Eu gosto de mostrar isso, sou humana, uso o direito como minha consciência”, diz.
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