Justiça ‘afasta’ secretário de Saúde que vacinou a própria esposa no GO

O juiz José dos Reis Pinheiro Lemes, da comarca de Pires do Rio, determinou o afastamento do cargo do secretário municipal de Saúde, Assis Silva Filho, por 60 dias. A medida cautelar liminar foi proposta pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO).

De acordo com as apurações da Promotoria, Silva Filho determinou a quebra da ordem da vacinação contra a Covid-19 para beneficiar a própria esposa, que não se encaixava no grupo prioritário.

Segundo a acusação do MP-GO, seriam vacinados em Pires do Rio, inicialmente, profissionais da saúde, pessoas idosas residentes em instituições de longa permanência, pessoas a partir de 18 anos com deficiência, moradores em residências inclusivas e a população indígena.

O promotor Marcelo Borges Amaral, autor da medida cautelar, aponta, no entanto, que o secretário de Saúde do município determinou a vacinação de sua esposa e justificou o ato nas redes sociais dizendo que o fez para “preservar a vida e a saúde da mulher da minha vida”. De acordo com Amaral, o ato constitui crimes de abuso de autoridade e prevaricação, uma vez que o secretário confessou que se utilizou do cargo movido por sentimentos pessoais.

O secretário se manifestou na sexta-feira, 22, em uma live em seu perfil no Facebook. Na transmissão, Assis Silva Filho admitiu que deu uma dose a sua esposa, mas que o fez porque ela o acompanha em todas as unidades de saúde e “praticamente se tornou uma voluntária na prestação de auxílio” à população. “Apóstolos também erraram e eu também cometi, por um vacilo e um descuido, um erro”, disse.

1 Comentário

GIl Braz Silva Romero

jan 1, 2021, 10:04 pm Responder

Não só as autoridades, como também quaisquer cidadãos têm que obedecer a lei. É muito difícil uma instituição ou até mesmo um cidadão não cometer corrupção dos dias de hoje. Diante de tanta corrupção o cidadão chega até de ter vergonha de ser honesto. Todos cidadãos que cometem erros têm que serem punidos e pagar todas despesas gasta pelo governo,
ou seja despesas pagas por nós, através de nossos impostos, inclusive dos impostos pagos pelos errantes se é que eles paguem impostos.

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