23 de janeiro de 202323 de janeiro de 2023

Maduro cancela encontro com Lula e não vai à Argentina; líder da Venezuela sofre com pressões internacionais e pedido de prisão

Após o cancelamento do encontro entre o presidente Lula e Nicolás Maduro, líder da Venezuela, que ocorreria na Argentina nesta segunda-feira (23), o governo venezuelano confirmou que Maduro não irá pariticipar da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos. A decisão foi confirmada por meio de um comunicado, que cita um suposto “plano da direita neofascista” para realizar “uma série de agressões contra a nossa delegação”.

Ainda segundo o comunicado, o governo da Venezuela afirma que “eles pretendem dar um show deplorável para perturbar os efeitos positivos de um evento regional tão importante, e assim contribuir para a campanha de descrédito -já malsucedida- que foi lançada contra nosso país pelo Império Norte-Americano”, diz o comunicado.

A ida de Maduro à Argentina para participar da reunião da Celac seria uma tentativa do presidente de reabilitar a própria imagem na América Latina e recuperar legitimidade diante da comunidade internacional, já que o presidente venezuelano vem sofrendo com protestos e pedidos de prisão vindos de diferentes lugares do continente americano, desde a América do Sul até os Estados Unidos.

Ex-ministra de Segurança dos EUA e atual presidente do Partido Proposta Republicana, Patricia Bullrich notificiou a Drug Enforcement Administration – a agência antidrogas americana – pedindo a prisão de Nicolás Maduro, baseada no mandado de captura expedido pelos EUA pela associação do líder a um cartel de drogas.

Na Argentina, anteriormente o destino de Maduro para a viagem, o líder venezuelano encontra resisitências através de cartazes de manifestantes, que o comparam ao ex-ditador Jorge Rafael Videla. Na esfera jurídica, o advogado Tomás Farini Duggan representa duas venezuelanas vítimas de crimes contra a Humanidade e solicitou à Justiça argentina que convoque Maduro para ser interrogado por violações dos direitos humanos.

Com informações do G1 e do UOL