Maia intensifica articulação para eleição na Câmara; Bolsonaro discute cenários

Foto: Divulgação/Carolina Antunes/PR

Passado o primeiro turno das eleições municipais, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu intensificar as articulações para a eleição para presidência da Casa, em 1º de fevereiro de 2021. Nesta quarta-feira (18), o parlamentar fluminense se reuniu com deputados do PT, PDT, PSB, PCdoB e PSOL para discutir uma agenda de votações na Câmara até o final do ano.

A reunião foi vista como um aceno à oposição, que tem cerca de 150 votos na Casa e é considerada a fiel da balança na disputa pelos cargos da Mesa Diretora do próximo ano.

Também nesta quarta-feira, Maia chegou a marcar uma reunião com pré-candidato do Centrão a sua sucessão, mas precisou adiar o encontro após suspeita de Covid-19 do presidente nacional do PSL, Luciano Bivar.

Além de Bivar, participariam da conversa os presidentes do MDB, Baleia Rossi, e do Republicanos, Marcos Pereira. Os três buscam apoio de Maia para tentarem ser o candidato dele a presidência da Câmara.

À CNN, Bivar confirmou que a reunião teve de ser adiada em razão da suspeita da doença. O dirigente disse que fez o teste para o coronavírus ontem e que o resultado deve sair até esta sexta-feira (19).

Planalto monitora

O Palácio do Planalto acompanha os movimentos de Maia e dos demais candidatos. Segundo auxiliares, o presidente Jair Bolsonaro tem discutido diferentes cenários com ministros do núcleo político do governo.

“O foco do presidente está muito mais na eleição da Câmara. Isso é mais decisivo do que as municipais, na opinião dele”, disse à CNN um influente auxiliar presidencial que acompanha o assunto.

Segundo interlocutores, o presidente tem ouvido conselho de ministros, mas evita fazer manifestações, pois sabe que a percepção de envolvimento do governo na disputa do Congresso “é sempre muito ruim”.

Na avaliação do Planalto, embora negue, Maia vem atuando nos bastidores para disputar reeleição para um quarto mandato como presidente da Câmara. Ele ainda depende, porém, de aval do Supremo Tribunal Federal.

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