Maioria da bancada federal do RN evita opinar sobre condenação de Lula

A maioria da bancada federal potiguar preferiu não comentar o resultado do julgamento que confirmou a condenação e aumentou a pena para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na tarde desta quarta-feira,24, pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Dos três senadores do RN, apenas dois se pronunciaram.

O presidente do DEM, senador José Agripino Maia, disse ao jornal Agora RN que “resultado de justiça se acata e se respeita”. Para ele, Lula politizou o processo e, portanto, a condenação também será para o Partido dos Trabalhadores (PT).

A senadora Fátima Bezerra (PT) emitiu nota no final da tarde de hoje, onde classifica a condenação do líder petista, pelo TRF-4, como sendo política, ilegal e imoral.

Para ela, nenhum ato de ofício praticado pelo presidente Lula foi explicitado. A OAS, explicou, foi apontada como proprietária do apartamento supostamente destinado a Lula, mas ele foi considerado culpado.

“Trata-se da continuação do golpe de Estado consumado em agosto de 2016, que sequestrou a soberania do voto popular e impôs uma agenda de perversos retrocessos sociais ao povo brasileiro”, diz a nota da senadora.

“Eu quero neste momento parabenizar cada cidadão e cada cidadã que participou e ainda está participando desta imensa mobilização em defesa de Lula e da democracia. Vocês estão escrevendo nas ruas a história do nosso país”, conclui Fátima Bezerra.

Já entre os oito deputados potiguares, apenas um opinou. Rogério Marinho (PSDB) disse que “Esta quarta-feira, 24 de janeiro de 2018, é uma data histórica para o nosso país. O Brasil decente respira. Hoje, mais do que confirmação da sentença de primeiro grau, o amadurecimento de nossas instituições e a reafirmação da independência do Judiciário se sobressaíram. Ameaças e justiçamento contra quem ousa pensar diferente não nos intimidam. Vamos em frente na luta pela reconstrução do país que tanto sofreu nas mãos do PT”.

Já o deputado federal, Walter Alves (PMDB), disse, através de sua assessoria de imprensa, que a decisão do TRF-4 é jurídica, não política. Portanto, preferiu não opinar sobre a condenação do ex-presidente Lula.

Durante o julgamento, o revisor Leandro Paulsen, o relator João Pedro Gebran e o juiz federal Victor Laus votaram por aumentar a pena do líder petista para 12 anos e um mês de prisão. Em julho de 2017, o juiz Sergio Moro havia dosado a sentença em 9 anos e meio.

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