Marcelo Freixo (PSOL/RJ) aciona a polícia por fake news que o relaciona com Elias Maluco

Foto: Reprodução

Circula nas redes sociais o print de um tuíte atribuído ao deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) em que o parlamentar lamenta a morte do traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, diz estar “sem chão” com a notícia e ainda classifica o criminoso de “grande amigo e ídolo” é falso.

Procurado pela CBN, o deputado nega que tenha compartilhado tal fala no Twitter. “Mais uma fake news produzida neste momento político tão grave. Tem um grupo, principalmente o ligado ao presidente Jair Bolsonaro, que não consegue fazer política com debate político, com verdade, projetos. Precisam sempre inventar informações, mentiras, postagens falsas. O que nos cabe é desmentir e entrar judicialmente com alguma ação.”

O texto da mensagem falsa é: “Recebi com tristeza a notícia da morte do meu grande amigo, grande ídolo, o traficante Elias Maluco. Irei cobrar uma rigorosa investigação quanto aos fatos que levaram à sua morte numa cela de um presídio federal. Estou sem chão. O PSOL já está providenciando um funeral digno para que familiares e amigos possam prestar as últimas homenagens a este grande líder do tráfico e da comunidade do Complexo do Alemão”.

No Twitter oficial de Freixo não há qualquer lamento pela morte de Elias Maluco, condenado em 2005 pelo cruel assassinato do jornalista Tim Lopes, na Favela da Grota, na zona norte do Rio. O traficante foi encontrado morto na cela dele na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, nesta terça (22). A prisão é considerada de segurança máxima, e estas circunstâncias estão sendo investigadas ainda.

Diante da disseminação da informação falsa, Freixo fez a seguinte postagem no Twitter na manhã desta quarta-feira: “Mais um vez a rede criminosa de fake news bolsonarista está espalhando mentiras sobre mim. Esse tuíte é falso e eu estou acionando a polícia para que seus autores sejam identificados e punidos. Não podemos admitir que política seja feita com base em calúnia e difamação”.

A respeito da morte de Elias Maluco, o Departamento Penitenciário (Depen) informa que a Polícia Federal foi chamada para fazer perícia na cela dele. Ainda não foram divulgadas informações das investigações. O traficante foi preso em setembro de 2002 e, em 2005, foi condenado a 28 anos e seis meses de prisão pela execução bárbara de Tim Lopes, ocorrida em 2002.

O jornalista foi capturado pelo bando de Elias quando fazia uma reportagem na Vila Cruzeiro, vizinha à Favela da Grota. Tim foi torturado e o corpo dele foi queimado pelos criminosos.

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