Marqueteiro de Lula e Dilma recebeu ilegalmente US$ 3 milhões da Odebrecht

Encontro antes das eleições que fizeram Dilma ser reeleita: à esquerda de Lula, João Santana - Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
Encontro antes das eleições que fizeram Dilma ser reeleita: à esquerda de Lula, João Santana – Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula

Marqueteiro de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff em campanhas eleitorais que os elegeram à Presidência da República, João Santana recebeu US$ 3 milhões em contas secretas no exterior de offshores controladas pela empresa Odebrecht, afirmou a Polícia Federal, nesta segunda-feira (22). Ele, que está no exterior, teve sua prisão temporária decretada na 23ª fase da Operação Lava Jato.

A investigação afirma que foram identificados três depósitos para uma conta na Suíça identificada como sendo de Santana, cuja mulher, Mônica, na República Dominicana com ele, também teve a prisão decretada por envolvimento nas irregularidades.

Identificados por meio da colaboração do banco Citibank de Nova York, parte dos tratados internacionais contra a corrupção com os quais a Lava Jato trabalha para levar à frente a investigação, os pagamentos foram realizados em três parcelas, entre 2012 e 2013. 

Segundo o site iG, a suspeita da Polícia Federal é de que Santana, acusado de lavagem de dinheiro, adquiriu um apartamento em São Paulo por R$ 3 milhões com o montante recebido da empreiteira, imóvel cujo preço seria incompatível com a renda do marqueteiro. Santana foi responsável pelas campanhas que elegeram Lula, em 2005, e Dilma, em 2010 e 2014, à Presidência da República.

Além de Santana e sua mulher, outros dois mandados de prisão foram emitidos para suspeitos que estão atualmente no exterior: Fernando Migliaccio da Silva, operador da Odebrecht, e Benedicto Barbosa da Silva Júnior, um dos executivos da empreiteira.

Dinheiro para campanha
A investigação também encontrou em um email secreto de Fernando Migliaccio uma planilha com registros de despesas de financiamento de campanhas eleitorais com referência ao Partido dos Trabalhadores, que seria o beneficiário. O documento de Excel foi criado por Maria Lúcia Guimarães Tavares, presa nesta segunda-feira em Salvador.

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