Ministro diz que universidades públicas precisam ter mais alunos pobres

Antes da cerimônia, em entrevista à Agência Brasil, o ministro comentou que o Brasil tem um bom padrão de ensino superior público e também há instituições privadas em excelente qualidade, mas é preciso buscar avanços mais significativos, porque ainda não se consegue alcançar o patamar global que se vê na Europa, na América do Norte e na Ásia.

Outro fator que é preciso ser avaliado, na visão dele, é maior participação de alunos de renda mais baixa em instituições públicas que, geralmente, recebem estudantes de condições financeiras mais elevadas porque tiveram um nível de ensino anterior de melhor qualidade. “Isso, de certo modo, é também uma distorção. Quero alunos mais pobres cursando universidades públicas, para que eles possam ter cada vez mais oportunidades nas suas vidas”, afirmou.

Reforma do ensino

Segundo Mendonça Filho, o Brasil não pode assistir passivamente às eternas discussões no campo da educação. Lembrou que, quando foi convidado pelo presidente Michel Temer, em maio de 2016, para assumir o cargo, os diagnósticos ruins eram abundantes e, por isso, era preciso agir rápido para mudar essa realidade. De lá para cá, de acordo com o ministro, foram tiradas do papel ações como a reforma do ensino médio, que tinha sido discutida há mais de 20 anos sem chegar a lugar algum.

“É preciso agir, fazer acontecer, corrigir rumos. Com essa diretriz, a nossa gestão está promovendo ações estruturantes, como a reforma no ensino médio, mudança fundamental que deixa o currículo flexível, articulando com o ensino técnico profissionalizante e ao mesmo tempo facultando ao jovem o famoso protagonismo juvenil”, disse.

O ministro destacou a política de indução das escolas em tempo integral, que vai ampliar as matrículas neste período escolar, pela primeira vez, com apoio do MEC. Contou que, das 8 milhões de matrículas no ensino médio em todo o país, apenas cerca de 300 mil são em educação em tempo integral. “Estamos assegurando, com investimento de R$ 1,5 bilhão, o incremento em torno de 500 mil matrículas em três anos”, afirmou.

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