Morre o humorista Paulo Gustavo, vítima de consequências da Covid-19

Morreu na noite desta terça-feira (4), o comediante Paulo Gustavo . Aos 42 anos, o humorista lutava bravamente contra as complicações da Covid-19. Paulo Gustavo estava internado desde o dia 13 de março. O hospital enviou o seguinte comunicado:

“Às 21:12h desta terça-feira, 04/05, lamentavelmente o paciente Paulo Gustavo Monteiro faleceu, vítima da COVID-19 e suas complicações. 

Em todos os momentos de sua internação, tanto o paciente quanto os seus familiares e amigos próximos tiveram condutas irretocáveis, transmitindo confiança na equipe médica e nos demais profissionais que participaram de seu tratamento.  

A equipe profissional que participou de seu tratamento está profundamente consternada e solidária ao sofrimento de todos.”

Paulo Gustavo Amaral Monteiro de Barros nasceu em Niterói, estado do Rio de Janeiro, em 30 de outubro de 1978. Ator, humorista, diretor, roteirista e apresentador, despontou para o sucesso em 2006, com o lançamento do monólogo Minha Mãe É uma Peça. Ganhador do Prêmio Shell de Melhor Ator, em 2006, Paulo Gustavo formou-se em 2005 na Casa das Artes de Laranjeiras, que tinha ainda como alunos Fábio PorchatMarcus Majella, entre outros.

Dono de uma personalidade versátil e multifacetada, ele sempre se assumiu como uma pessoa hiperativa. Essa santa hiperatividade pode ser conferida em todos os seus trabalhos e personagens.

Minha Mãe é um Peça, lançada em 2006, conta a história de Dona Hermínia, mãe, dona de casa e mãe super protetora  que ama seus filhos, mas vive a beira de um ataque de nervos, estressada sempre que seu rebentos saem dos trilhos. A personagem é inspirada na mãe do humorista, dona Déa Lúcia, e em seu relacionamento com a família.

“O Brasil sempre precisa de mais humor. O humor cura, transforma e,
principalmente, educa”, disse Paulo Gustavo em entrevista a GQ

Fenômeno de publico que percorreu o Brasil, Minha Mãe é uma Peça abriu as portas para os seus primeiros trabalhos na televisão, onde estreou em 2011, com a série 220 Volts escrita por ele em parceria com o roteirista Fil Braz. O programa marcou a estreia de Dona Hermínia na TV em esquetes curtos, rodados na sala de estar de uma casa típica de classe média. Os episódios eram gravados sem cortes ou pós edição, em um formato bem semelhante ao teatro.

Em 2013 Dona Hermínia virou estrela de cinema com o longa-metragem  homônimo ao monólogo. Recorde de publico e aclamado pela critica, foi o filme mais assistido do ano no Brasil.

Dois anos depois, em 2015, foi a vez de Minha Mãe é uma Peça ocupar as prateleiras das livrarias. Lançado pela editora Objetiva o livro fez tanto sucesso que ganhou outras edições, Minha Mãe é uma Peça 2 (2016) e Minha Mãe É uma Peça 3 (2019).

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