
Mulheres são excluídas do comando na política: em capitais, apenas duas presidem casas legislativas; e só uma é governadora
Das 26 Câmaras de Vereadores de capitais brasileiras, apenas duas são presididas por mulheres: Belo Horizonte e Palmas. Em nível estadual, a falta de representatividade feminina na presidência das casas legislativas é ainda menor: não há nenhuma que tenha uma presidente. Este é só um exemplo de como a política no Brasil continua sendo um território masculino, com poucas mulheres nos poderes Legislativo e Executivo. A pouca representação poderia ser ainda menor se fosse aprovado o distritão, modelo em que seriam eleitos os candidatos a deputado mais votados em cada estado e que favorece a eleição de homens héteros e brancos. A proposta foi rejeitada pela Câmara.
Embora tenha havido melhora no quadro, o percentual de cadeiras ocupadas por mulheres ainda é baixo em todas as esferas. Na eleição de 2018, houve um aumento de 51% de deputadas federais eleitas, o que não resultou em número expressivo de assentos ocupados. Dos 513 parlamentares da Câmara, 78 são mulheres (15,2%). No Senado, o percentual é de 13,5%, ou 11 senadoras entre 70 senadores. No entanto, as mulheres representam 51,8% da população, segundo o IBGE.
Esses números fazem com que o Brasil o ocupe a 140ª posição do ranking da União Interparlamentar, que avalia a participação de mulheres na política pelo percentual delas no Congresso. Na América Latina, somente Haiti e Paraguai estão atrás do Brasil.
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