Na pandemia, grandes farmacêuticas tiveram crescimento de 41% do seu lucro

O lucro líquido das 10 maiores farmacêuticas cresceu 41% do 1º trimestre de 2020 (início da pandemia) ao 1º trimestre de 2022. Passou de US$ 21,4 bilhões para US$ 30,2 bilhões. Quem mais viu seus ganhos crescer foi a Pfizer. A empresa teve alta de 131% no lucro líquido. Em seu balanço, credita a alta de faturamento à vacina e ao remédio Paxlovid, ambos destinados ao combate da pandemia de covid-19. A apuração dos dados foi realizada pelo Poder 360.

A exceção na alta de lucro entre as principais empresas foi a AstraZeneca. Embora o faturamento da companhia tenha crescido, o lucro da empresa caiu. Dois fatores ajudam a explicar isso:

vacina – a farmacêutica vendeu sua vacina contra a covid a preço de custo durante a maior parte da pandemia, e continua vendendo a esse preço aos países mais pobres;

aquisição – o balanço da empresa ainda mostra efeitos da gigantesca aquisição da farmacêutica Alexion em dezembro de 2020 por US$ 39 bilhões.

Críticas ao lucro

O grupo de países mais pobres do mundo tem só 16% de sua população com o 1º ciclo vacinal completo (duas doses ou dose única).

Organizações não governamentais como Médico Sem Fronteiras e OxFam criticam a alta de lucro enquanto países pobres permanecem sem acesso à vacina e a medicamentos.

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