No RN, preso prefere ficar preso no regime fechado a correr risco de morte no aberto

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A disputa entre facções criminosas com atuação no Rio Grande do Norte tem ficado cada vez mais escancarada. Em Mossoró, um detento pediu à Justiça para não progredir de regime, mesmo quando poderia passar a maior parte do dia fora da penitenciária. O motivo foi o temor de ser alvo de criminosos rivais. A Justiça acatou o pedido.




O caso ocorreu em Mossoró. Um detento custodiado na penitenciária agrícola Dr. Mário Negócio foi beneficiado com a progressão do regime aberto para o semiaberto por reunir os requisitos legais previstos em lei. Porém, ele afirmou que no setor onde é cumprido o regime semiaberto há inimigos ligados a facções criminosas rivais e, por isso, acredita que seria morto caso fosse para a nova carceragem. A situação precisou ser analisada pelo Judiciário.

O juiz da Vara de Execuções Penais Cláudio Mendes Júnior informou ao presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, desembargador Cláudio Santos, sobre o episódio. Segundo o magistrado, a progressão de regime na situação narrada pelo preso seria “uma verdadeira sentença de morte”.

“Não é de hoje que os integrantes de facções criminosas, em suas rivalidades, buscam tumultuar os trabalhos administrativos e judiciais do sistema penitenciário, havendo informações não somente de recusa em transferência de presos para o regime semiaberto, como também a recusa para condução para audiência, de modo que, necessário se faz a intervenção do Poder Executivo para normalização da situação”, pontuou o magistrado, revogando o ofício que solicitou a transferência do preso.

O preso (nome preservado) permanece custodiado no regime fechado. P

Da Tribuna do Norte

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