“Nomear um investigado como superministro é um tapa na cara do Ministério Público Federal”
O PT está em festa. Consta que Lula decidiu “aceitar” — ah, os verbos… — um ministério do governo Dilma. Seria a Casa Civil, de Jaques Wagner, ou a Secretaria de Governo, de Ricardo Berzoini. Qualquer coisa serve.
Os… estão lá como prepostos mesmo. Lá do ponto de vista deles, do ponto de vista do diálogo institucional, faria mais sentido Wagner ficar porque transita em algumas áreas pode onde Lula não passa. Por outro lado, Berzoni tem mais trânsito entre sindicatos. De qualquer modo, todos pertencem à mesma “organização”, dentro ou fora do governo.
O PT decide, assim, afrontar as instituições e ponto final. Nomear um investigado como superministro é um tapa na cara do Ministério Público Federal, que, por outro lado, tem o saco devidamente puxado com a escolha de “Eu Gênio” Aragão para o Ministério da Justiça.
Confirmada a nomeação de Lula, Dilma será, mais do que nunca, figura decorativa no governo. Enquanto durar esse arranjo, ele estará exercendo o seu terceiro mandato. Como nunca, revela-se a natureza do que está em curso. O PT deu um chega-pra-lá na presidente. Isso, sim, é golpe! Vai dar certo para eles? Ainda volto ao assunto.
Por Reinaldo Azevedo (Política em VEJA)
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