Novo cenário de exploração transforma onshore potiguar; abertura do Mossoró Oil & Gas Expo contou com a presença da governadora Fátima Bezerra e prossegue até quinta-feira (26)

Foto: Renato Gomes

A exploração e produção de petróleo onshore do Rio Grande do Norte vivencia fase de transformação e pioneirismo dentro do novo contexto do processo exploratório, reflexo do cenário de confiança pelo qual passa o setor, marcado pelo ingresso de operadores independentes e por novas oportunidades de negócios. A avaliação foi feita pelo diretor geral interino da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Raphael Moura, durante a abertura do Mossoró Oil & Gas Expo, na noite desta segunda-feira (23) através de videoconferência.

A abertura oficial do Mossoró Oil & Gas Expo ocorreu no Garbos Hotel, em Mossoró, e contou com a presença da Governadora do Estado, Fátima Bezerra, do diretor superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto, do Secretário Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energias, José Mauro, do Secretário de Desenvolvimento Econômico do RN, Jaime Calado, do presidente da Redepetro-RN, Gutemberg Dias, e de outros representantes de entidades parceiras de forma virtual, como é o caso da Agência Nacional de Petróleo.

“A presença dos operadores independentes em solo potiguar é uma realidade e está transformando o cenário do onshore estadual. O estado foi o primeiro a receber a iniciativa privada na exploração de campos maduros, e já apresenta números positivos na produção de petróleo. Temos ainda um ambiente exploratório animador, que inclui ainda o 2º ciclo de oferta permanente de 12 setores, marcado para o dia 4 de dezembro, incluindo 35 blocos na Bacia Potiguar. É um momento de transformação”, explica Raphael Moura.

Campos maduros

A governadora Fátima Bezerra reitera a importância da parceria entre o poder público estadual e a iniciativa privada, especialmente com relação às novas empresas que se instalaram recentemente no RN após comprarem os campos maduros terrestres de exploração de petróleo. “Não estamos medindo esforços para que tenhamos um ambiente favorável aos negócios aqui no RN. Temos os investimentos em curso da PetroReconcavo, da Empresa Potiguar e da Associação Brasileira dos Produtores Independentes. Estamos sendo proativos e parceiros na celeridade e eficiência do licenciamento ambiental para que os investimentos dessas empresas já se iniciassem aqui em Mossoró, como foram iniciados”, destaca a governadora.

O novo momento tem a cidade de Mossoró como referência. Tamanha importância coloca o município, que já foi o maior produtor de petróleo onshore no país, mais uma vez no cenário nacional, com a escolha, pelo Ministério de Minas e Energia (MME), para realização da primeira Mesa Reate, fórum de discussão estadual que reúne os principais atores do segmento de petróleo, gás e energia do país para debater e apresentar alternativas para o futuro do setor. A temática faz parte da programação do Mossoró Oil e Gas Expo, evento realizado pelo Sebrae no Rio Grande do Norte em parceria com a Redepetro, que prossegue até a próxima quinta-feira (26).

“A escolha de Mossoró para a realização da primeira Mesa Reate é emblemática e significativa. Mossoró tem uma relevância histórica dentro da indústria do petróleo e gás, e não poderíamos escolher outro lugar para iniciar as discussões e apresentar soluções para temas que norteiam o setor e que, certamente trarão reflexos diretos na indústria do onshore do Rio Grande do Norte”, destaca Moura.

O diretor superintendente do Sebrae RN, José Ferreira de Melo Neto, está confiante no atual processo de retomada da produção de petróleo em solo potiguar. Entre os motivos elencados por Zeca Melo estão medidas previstas no Programa de Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres (REATE), do Ministério de Minas e Energia (MME), que prevê, em dez anos (2030), duplicar a produção de petróleo no país, saindo do patamar de 270 mil barris diários para 500 mil barris/dia.

“O Rio Grande do Norte tem a vocação econômica para a exploração e produção do petróleo. Prova disso é que o produto representa quase 50% do Produto Interno Bruto (PIB) da indústria potiguar. Isso nos motiva a seguir vencendo desafios. Acredito que já vivemos os dias mais difíceis. Com ações do REATE, as coisas estão acontecendo e acreditamos que vamos aumentar a produção e reafirmar o protagonismo do estado. Mas, para isso, precisamos ser eficientes”, condiciona Melo.

Cadeia produtiva

Números apresentados no primeiro semestre deste ano contribuem para o otimismo do setor e comprovam o momento de reaquecimento da cadeia produtiva do petróleo e gás potiguar. Um exemplo vem da Potiguar E&P, que, seis meses após assumir os campos maduros de Riacho da Forquilha, na região de Mossoró, elevou a produção em 30%.

“Esperamos aumentar a produção de petróleo e gás em terra, pois entendemos que temos um grande potencial a ser explorado. Para isso, aprovamos, em agosto, a segunda fase do REATE, que é a Mesa Reate, de modo que estamos envolvendo nessa metodologia agentes públicos e privados para resolver desafios no âmbito estadual”, informa José Mauro, secretário nacional de Petróleo e Gás e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia.

Esta é a quinta edição do Mossoró Oil e Gas Expo, que prossegue, em razão da pandemia da Covid-19 acontece, neste ano, em formato híbrido, com programação digital e presencial. “Iniciamos em 2016 e hoje vemos a importância e a dimensão que o evento alcançou, alavancando a cadeia do petróleo e gás e elevando Mossoró à condição de capital do onshore brasileiro”, afirma Gutemberg Dias, presidente da Redepetro-RN.

O Mossoró Oil e Gas Expo prossegue até quinta-feira (26). Além do fórum nacional Mesa Reate, terá rodadas de negócios, estandes virtuais, painéis, experiências inovadoras de empresas; Seminário de Segurança Operacional e Meio Ambiente Terrestre (Somat) e Simpósio de Petróleo e Gás do Onshore Brasileiro. A programação completa pode ser conferida em https://mossorooilgas.com.br/

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