O casamento partidário que pode turbinar Bolsonaro

Pré-candidato à presidência da República por um partido nanico, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) discute alianças para dar musculatura à campanha.

As conversas mais recentes tentam uma costura com o PR, do mensaleiro Valdemar Costa Neto, para garantir o senador Magno Malta (PR-ES) como vice na chapa.

Antes de escolher o PSL para disputar a Presidência, Bolsonaro cogitou migrar para o PR, mas as negociações não foram bem sucedidas.

O casamento partidário pode turbinar a campanha de Bolsonaro. Enquanto o PSL elegeu um deputado federal em 2014, o PR elegeu 34. O número de parlamentares eleitos é importante para a divisão de tempo de TV entre os candidatos e para distribuição de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas (FEFC), aprovado pelo Congresso na última reforma eleitoral. Enquanto o PSL vai receber cerca de R$ 62 milhões do fundo, o PR vai abocanhar R$ 105 milhões – 6% do total de R$ 1,7 bilhões distribuídos entre as legendas.

A aliança, porém, pode garantir outros benefícios à Bolsonaro, segundo o cientista político Marcio Coimbra. “O Magno Malta, além de fortalecer o eleitorado que o Bolsonaro já tem, amplia isso para as igrejas evangélicas, onde tem grande penetração”, explica.Para Coimbra, o senador, como vice na chapa de Bolsonaro, pode dar outro tom para a campanha. “O Magno Malta é muito informal, muito popular, vai trazer um tom para a campanha do Bolsonaro um pouco diferente dessa postura mais dura que o Bolsonaro tem hoje”.

Gazeta

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