O que é uma bomba de hidrogénio?

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Numa bomba de hidrogênio, uma grande parte da sua energia é obtida através da fusão dos núcleos dos seus átomos – reações que imitam o que se passa no interior das estrelas, como o nosso Sol, onde os átomos de hidrogênio se fundem, dando origem a átomos de hélio e libertando gigantescas quantidades de energia.

Mas para que os átomos de hidrogênio se fundam nesta bomba, também conhecida como bomba H ou bomba termonuclear, primeiro tem de haver um outro tipo de reações nucleares. Mais exatamente, reações de fissão nuclear, ou cisão nuclear. Neste caso, o núcleo dos átomos (de urânio e plutônio) é partido, em vez de fundido, e é a energia libertada nestas primeiras reações nucleares que permite depois desencadear as reações de fusão dos núcleos de hidrogênio. Resumindo, primeiro há reações de fissão nuclear e em seguida de fusão nuclear.

O resultado é uma bomba nuclear muito mais poderosa do que as bombas unicamente de fissão nuclear, como aquelas que foram lançadas pelos Estados Unidos sobre as cidades japonesas de Hiroxima e Nagasáqui em 1945. Os principais pais da bomba de hidrogênio são Edward Teller e Stanislaw Ulam, que a desenvolveram para os Estados Unidos.

O primeiro teste ocorreu em 1952, no atol de Eniwetok, nas ilhas Marshall, no Pacífico. O atol ficou totalmente destruído. Mike, como foi baptizada a primeira bomba H, tinha uma potência gigantesca: mais de dez milhões de toneladas de TNT. Ora uma bomba de hidrogênio com esta potência liberta 800 vezes mais energia do que a bomba lançada sobre Hiroxima.

Três anos depois dos Estados Unidos, a União Soviética explodiu a sua primeira bomba de hidrogênio.

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