Oito PMs são presos em operação da PF contra grupo que atua no transporte de cigarros contrabandeados

Oito policiais militares foram presos nesta quinta-feira (9) em uma operação da Polícia Federal (PF) de combate a uma organização criminosa com atuação no transporte de cigarros contrabandeados na região de Guaíra, no oeste do Paraná, na fronteira com o Paraguai.

Um outro militar estadual também foi afastado das funções.
Também foram apreendidos fuzis e dinheiro. Até a publicação desta reportagem, a PF não havia divulgado um balanço inicial da operação.
Por meio de nota, a Polícia Militar (PM) afirmou que “não compactua com qualquer desvio de conduta praticado por seus membros e que cada caso será apurado com o devido rigor”.

Informou, também, que os policiais em questão foram afastados das funções e tiveram as armas, carregadores e distintivos recolhidos. Eles também vão ser alvos de processos internos.

Ao todo, são 163 mandados expedidos, sendo 96 de busca e apreensão e 66 de prisão preventiva.

Cerca de 400 policiais cumprem as medidas em Guaíra, Terra Roxa, Iporã, Francisco Alves, Umuarama, Cafezal do Sul, Altônia e também no município catarinense de Balneário Camboriú.

Segundo a PF, o grupo chegou a movimentar até 750.000 maços de cigarros em uma noite.

Também foi determinado o sequestro de 31 bens e imóveis e o bloqueio de contas em nome dos chefes do grupo, informou a polícia.

Ao longo dos sete meses de investigação da Operação Capital, conforme a polícia, foi identificado que a organização conta com pelo menos 100 integrantes, sendo que a maior parte era de pessoas responsáveis por alertar o grupo sobre a movimentação policial na região.

No período, a PF conseguiu identificar os “olheiros”, além dos líderes, pilotos e outros participantes da logística da organização.

Ainda conforme a polícia, o grupo contou com a participação de policiais militares da região. Eles recebiam propina para facilitar as atividades fornecendo informações sobre operação policiais e também dando cobertura à ação dos suspeitos.

Os investigados vão responder por contrabando, participação em organização criminosa e corrupção ativa e passiva. As penas, somadas, podem passar dos 25 anos de prisão.

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