Ônibus urbano perdeu 10,8 milhões de passageiros em 2021

Apesar da recuperação de 37,8% da demanda de passageiros pagantes transportados pelos ônibus urbanos em 2021 ante o ano anterior, quando comparado com o cenário de 2019, anterior à pandemia, a queda registrada ainda é expressiva, da ordem de 32,6%. Isso equivale a uma redução de 10,8 milhões de viagens realizadas por passageiros pagantes por dia, em todo o país. Os dados fazem parte do Anuário da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) 2021-2022, divulgado hoje (9), em um seminário do setor na capital paulista.

Segundo a NTU, a análise da demanda se baseia na comparação para os meses de abril e outubro de cada ano. O mês de abril de 2021 registrou recuperação de 119,5% em relação ao mesmo mês do ano anterior, período no qual foram atingidos os maiores índices de isolamento social, resultando em impacto na quantidade de passageiros transportados nas cidades brasileiras. Já no mês de outubro de 2021, houve uma pequena redução de 2,1%, na comparação com o mesmo período do ano anterior.

De acordo com um monitoramento feito pela NTU sobre os impactos da pandemia, de novembro de 2021 a abril de 2022 os níveis mensais de demanda registrados oscilaram entre 66,8% e 71,3%, em relação à situação do período da pré-pandemia.

“Os dados podem indicar um cenário de estabilização do nível de demanda, em patamar próximo a 70% dos níveis de 2019. Não há indicação, até o momento, de que essa perda de passageiros será totalmente revertida, indicando a possibilidade de encolhimento estrutural do setor”, diz a entidade.

Em números absolutos, em 2019, antes da pandemia, eram realizadas 33,2 milhões de viagens por passageiros pagantes por dia no país, número que caiu para 22,4 milhões em 2021 (-32,6%). Quanto aos passageiros equivalentes transportados ou viagens realizadas por veículo, com exceção do ano 2020, tendo em vista que esse foi o ano com maior impacto, em 2021 o indicador mostrou que 251 passageiros foram transportados diariamente, em média, por veículo, tendo em conta a média dos meses avaliados. De 2020 para 2021, houve um acréscimo de 50,5%, embora em relação a 2019 a redução seja ainda alta, de 25,1%.

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