Concursos PF e PRF: ministro reconhece baixo efetivo

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, voltou a chamar atenção para o déficit do efetivo da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, o que impacta diretamente os concursos PF e PRF.
A declaração foi dada nesta terça-feira, dia 9, durante a audiência da CPI do Crime Organizado (CPICRIME), no plenário do Senado.
Lewandowski destacou que ambas as corporações operam com pouco mais de 13 mil servidores cada, número considerado insuficiente para a dimensão do território brasileiro, especialmente nas áreas de fronteira.
Segundo o ministro, mesmo países com estruturas muito mais robustas enfrentam dificuldades de vigilância, o que evidencia a pressão sobre as forças federais brasileiras.
“Nós temos falta de efetivos. São tão somente 13 mil homens na Polícia Federal e aproximadamente o mesmo número na Polícia Rodoviária Federal, para cuidar de um país continental como este (…) Imaginem, senhoras e senhores, nós, brasileiros, com esse efetivo pequeno que nós temos”, afirmou Lewandowski.
O ministro ainda citou que a fronteira do Brasil com a Bolívia é maior que a dos Estados Unidos com o México, um exemplo para reforçar o tamanho do desafio operacional.
Déficit reacende debate sobre concursos PF e PRF
A fala de Lewandowski ocorre em um momento chave: tanto a PF quanto a PRF já admitiram, em diferentes ocasiões, que operam no limite do efetivo e dependem de novos concursos para recompor seus quadros.
Em novembro, o diretor-geral da PF, Andrei Passos, afirmou no Senado que o efetivo ideal da corporação seria de cerca de 30 mil servidores, ou seja, o dobro do atual.
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