Papa Francisco chora ao ouvir relatos de efugiados

O papa Francisco disse neste sábado (2) que chorou ao ouvir 16 refugiados rohingyas na véspera em Daca, e explicou que o fato de poder conhecer gente dessa minoria muçulmana tinha sido “uma condição” para ele viajar a Mianmar e Bangladesh.
IMAGINO O PAPA OUVINDO O RELATO DOS MORADORES DE RUA.
Quantas lágrimas o Papa derramaria quando escutasse o choro de uma criança que adormece com fome nas ruas de Mossoró?
Quantas lágrimas o Papa derramaria ao perceber o choro abafado de uma mãe que escuta seu filho gemer por causa da dor provocada pelo estômago vazio?
Quantas lágrimas o Papa derramaria ao sentir a revolta do pai de família desempregado por conta de uma corrupção alicerçada na impunidade provocada pela demora de tribunais que não julgam recursos de corruptos confessos e debochados?
Só chorar não basta.
Com a autoridade religiosa e moral que o Papa Francisco tem,  poderia imediatamente dar início a uma campanha mundial de combate à corrupção.
Aqui em Mossoró testemunhei um Padre chorando ao conversar com um morador de rua.
Manhã cedinho, levava minhas filhas ao catecismo e encontro o Padre Talvacy Chaves, Igreja de Fátima, conversando com um morador de rua que estava deitado na calçada da Igreja. 

 

Aproximo-me e observo que os olhos dos padre Talvacy Chaves estão cheios de lágrimas.
Digo ao Padre Talvacy Chaves que só chorar não basta.
Neste dia ouço uma homilia que ficou para sempre na minha memória.
A igreja católica precisa urgentemente se engajar no combate à corrupção.
E este engajamento pode ter início aqui em Mossoró.
Por Inácio Augusto, jornalista mossoroense

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