Parentes de morto em troca de tiros em baile funk culpam a polícia, ‘terrorismo’

Parentes de Marcelo da Silva Vaz, 31 anos — uma das vítimas de um tiroteio no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na madrugada de sábado — compararam a ação da polícia com terrorismo. O motorista foi enterrado neste domingo no Cemitério do Pacheco.

O tiroteio aconteceu durante uma operação da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), a elite da Polícia Civil.

A princípio a corporação negou a operação, mas depois voltou atrás e confirmou a ação, que resultou na morte de pelo menos sete pessoas e seis feridos. Segundo testemunhas, os policiais estavam escondidos no meio do mato e começaram a disparar a esmo no evento.

“Quem foi o responsável por autorizar essa operação? Esse cara que autorizou é um terrorista. Meu sobrinho era trabalhador, tinha quatro filhos para criar. Mesmo que ele tenha ido ao baile funk a polícia não pode chegar atirando. Se no meio de dez bandidos tiver um inocente a polícia não pode sair atirando em todo mundo”, desabafou o tio da vítima, Marinalvo Santos Silva, 53 anos. 

Segundo a mãe de Marcelo, Márcia Santos Silva, 50 anos, ele saiu da casa dela às 19h30 e teria ido ao Complexo do Salgueiro beber com um amigo. “Nesse meio tempo não sei dizer o que aconteceu. O que posso dizer é que meu filho era trabalhador. Atualmente dirigia pela Uber para sustentar os quatro filhos. Ele era um cara calmo, não tinha passagens pela polícia e não usava drogas”, contou. 

A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo investiga as mortes. Os outros mortos foram identificados como Victor Hugo Coelho, 28; Luiz Américo da Silva, 46; Marcio Melani Sabino, 21; José Coelho, 19, e Lhorran de Oliveira Gomes, 18.

O Dia

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