Participação feminina na construção civil cresce 240% no RN

Em um cenário tradicionalmente dominado por homens, as mulheres estão contribuindo para um novo panorama na construção civil no Brasil. Longe dos estereótipos e desafiando preconceitos, elas estão cada vez mais presentes em diferentes funções e desempenhando papéis fundamentais em canteiros de obras por todo o país. Engenheiras, arquitetas, pedreiras, mestres de obras e operárias, elas ganham destaque pela competência, dedicação e habilidades únicas que trazem para o universo da construção civil.

No Rio Grande do Norte, Herika Arcoverde, diretora-executiva do Sindicato das Indústrias de Construção Civil no estado (Sinduscon/RN), confirma a constatação do crescimento da participação feminina no segmento.

“Temos cada vez mais mulheres engenheiras, técnicas e operárias, com diversas especialidades, atuando em diferentes obras e projetos, incluindo cargos de liderança. Não posso deixar de registrar que eu sou mulher e atuo na Diretoria Executiva do Sinduscon e, antes de mim, tivemos Ana Adalgisa Dias, por 20 anos, ocupando o mesmo cargo, e sendo a maior referência feminina da construção civil potiguar, com excepcional atuação no CREA”, aponta Herika.

“Para se ter uma ideia, em 2023, o segmento da construção no RN gerou 3.824 novos postos de trabalho. Destes, 18,51% foram postos ocupados por mulheres. No ano anterior, a participação foi de 5,43%. Estes números confirmam e consolidam a participação feminina no nosso cenário de trabalho. Acredito que a representatividade feminina aumentará nos próximos anos, devido à competência do trabalho. No Sinduscon, estimulamos nossos associados para a diversidade, mas, para isso, precisamos que todos convivam e se desenvolvam em condições iguais no melhor ambiente de trabalho”, complementa Herika.

A diversidade de talentos e perspectivas que as mulheres introduzem na indústria têm se mostrado fatores cruciais para a inovação. Seja na gestão de projetos, na criação de designs arrojados ou na aplicação de métodos construtivos mais sustentáveis. Embora a superação da desigualdade de gênero ainda esteja distante, a capacidade técnica, força de trabalho e articulação das mulheres na luta por seus direitos estão promovendo mudanças socioculturais, impulsionando o progresso feminino no setor, com novas gerações de engenheiras e operárias com cada vez mais oportunidades e reconhecimento profissional.

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