Personal que bateu em síndico pode ir para a cadeia e ser expulso do prédio

O caso do síndico agredido covardemente com um soco no rosto por um professor de artes marciais em um condomínio de Águas Claras, na quinta-feira (17/3), provocou indignação nos brasilienses. O personal de boxe Henrique Paulo Sampaio Campos, 49 anos, atacou o jornalista Wahby Abdel Karim Khalil, 42. O suspeito é investigado pela Polícia Civil e pode sofrer punições em outras esferas, além da criminal, como expulsão do edifício Luna Park, onde mora, e ser penalizado profissionalmente no Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região (Cref7).

Internado na unidade de terapia intensiva (UTI) de menor complexidade do Hospital Santa Lúcia, Khalil deve passar por uma cirurgia odontológica neste sábado (19/3), segundo boletim médico divulgado às 16h de sexta-feira (18/3). Na manhã deste sábado, síndicos de diversos condomínios do DF se reunirão em frente ao Luna Park para pedir por Justiça. Na porta do prédio, cartazes foram colados em forma de protesto: “Um monstro não pode ser chamado de professor. Covarde”, diz uma das mensagens. Em outro cartaz, uma pessoa escreveu: “Justiça por Khalil”.

O caso aconteceu na academia do edifício. Câmeras do circuito interno do local registraram o momento em que Khalil e Henrique discutem. O advogado do síndico, Edson Alexandre, explica que Khalil havia recebido inúmeras reclamações sobre o saco de pancadas utilizado para treino de boxe. “Ele (Khalil) foi apenas conversar para tentar arrumar uma solução, uma vez que o objeto fica preso por correntes ao teto e fazia muito barulho, causando incômodo no prédio”, afirma. Pelas imagens, é possível ver quando Henrique desfere um soco no rosto da vítima, que cai ao chão e bate com a cabeça no piso.

Após a agressão, o síndico chegou a mandar mensagem no grupo de moradores do Luna Park contando a situação. “Levei um soco no rosto. Estou indo para o hospital”, escreveu. Khalil está internado no Hospital Santa Lúcia e foi para a UTI em decorrência de uma hemorragia cerebral. No boletim assinado pelo coordenador da unidade de terapia intensiva, Alberto Mendonça, e pelo diretor executivo do Santa Lúcia, Sergio Murilo, e divulgado na tarde de ontem, os médicos afirmam que o quadro clínico do está estável, sem agravamentos. O jornalista foi submetido a um novo exame de imagem, que constatou não haver progressão das lesões iniciais.

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