PF e Ministério Público voltam ao trabalho já no início de janeiro

O clima de paz e harmonia do Natal e os votos de um feliz ano-novo não serão suficientes para estancar as crises política e econômica que assolam o país, combinadas com a Operação Lava-Jato, que começou em março de 2014.

O Congresso entrará em recesso parlamentar a partir de quarta-feira, e, assim como o Poder Judiciário, só retoma as atividades em fevereiro. Os demais agentes da investigação estarão em plena ação a partir da primeira semana de janeiro.

O Ministério Público Federal terá um recesso entre 20 de dezembro e 4 de janeiro, retornando as atividades em 5 de janeiro. A Polícia Federal também passará pelo mesmo regime de plantão deste fim de ano, mas trabalhará normalmente no primeiro dia do novo ano.

Na prática, isso significa que novas etapas da Operação Lava-Jato, com o cumprimento de mandados de busca e apreensão contra investigados no escândalo da Petrobras, transcorrerão normalmente, a depender de autorizações concedidas pelos juízes de plantão na Justiça Federal ou de ministros do Supremo Tribunal Federal — pela regra da maior Corte do país, ao longo desse período estarão de plantão o presidente do STF, Ricardo Lewandowski e a vice-presidente, Cármen Lúcia.

A decisão do Supremo Tribunal Federal de retomar o debate do processo de impeachment praticamente à estaca zero tornou desnecessária a convocação do Congresso Nacional durante o mês de janeiro. Com isso, os trabalhos parlamentares serão retomados na semana anterior ao carnaval. “Mas isso não quer dizer que a crise estará estancada. Deputados e senadores visitarão as suas bases políticas e, certamente, ouvirão dos eleitores as queixas em relação ao governo”, disse o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), que, a partir de fevereiro, será novamente líder da bancada tucana na Câmara.

Além disso, o tucano prevê o acirramento da crise econômica do país, especialmente após a decisão do governo de substituir o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, por Nelson Barbosa, antes no Planejamento. “Em fevereiro, além da inflação continuar em alta, começarão a chegar à casa dos brasileiros os carnês de IPTU, IPVA, as despesas com material escolar e as contas das viagens das férias de janeiro”, apontou o tucano. “Caberá a nós saber catalisar as angústias da população”, disse Imbassahy.

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