PMEs são mais otimistas que a média e preveem crescimento de 12% para receitas em 2017

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As pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras estão mais otimistas em relação a 2017 do que as companhias de maior porte. É o que mostra a pesquisa Agenda 2017 da Deloitte, que indica previsão de crescimento de 12,2% para as receitas líquidas entre as menores organizações que participaram do estudo.

Do total de 746 empresas que integraram a pesquisa, 52% são de pequeno e médio porte. De acordo com o levantamento, a soma das receitas líquidas previstas pelas PMEs deve chegar a R$ 30 bilhões em 2017, valor nominal 12,2% maior do que os cerca de R$ 27 bilhões esperados para 2016.  Como referência, o aumento previsto é 3,9 pontos percentuais maior do que os 8,3% de crescimento de receitas estimados pela totalidade das organizações que participaram da Agenda 2017.

Em relação aos investimentos a serem realizados pelas empresas de pequeno e médio porte, a previsão é de retomada gradual: para 2016, a expectativa, segundo a mediana das projeções – medida de tendência central, que elimina respostas extremas – é de expansão de 4% (valor idêntico à média geral do estudo) ante 2015. Já o percentual de alta esperado para 2017 passa para 8% (três pontos percentuais além da média geral).

“É natural que expectativas para o potencial de crescimento das pequenas e médias empresas seja mesmo maior do que as projeções feitas pelas grandes organizações. O que vale destacar é que os 12,2% estimados equivalem a um avanço real de mais de sete pontos percentuais, ante uma inflação prevista de aproximadamente 5% para 2017”, afirma Othon Almeida, sócio-líder da área de Market Development da Deloitte.

Emprego ganha fôlego

Quase um terço (30%) das PMEs participantes do estudo pretendem aumentar seu quadro funcional em 2017. A maioria delas (56%) acredita que suas organizações manterão o mesmo contingente de empregados no ano que vem, enquanto que 14% dessas empresas avaliam que terão de reduzir o número de colaboradores. Esses dados são ligeiramente mais positivos que a média geral, que ficou em 26%, 58% e 16%, respectivamente.

Quando são tratados os investimentos em treinamento e qualificação de profissionais, 44,3% dos participantes dizem que suas empresas devem aumentar os recursos para esta área no ano que vem. Outros 48,1% pretendem manter o mesmo patamar de desembolsos deste ano; e apenas 7,6% estimam reduzir gastos nesse setor.

Prioridades para investir

Entre as pequenas e médias empresas que estão propensas a investir em 2017, algumas alternativas aparecem como prioritárias, em uma lista onde múltiplas escolhas poderiam ser apontadas. O lançamento de novos produtos ou serviços foi o objetivo mais citado (com 49%) pelos entrevistados; seguido por substituição de máquinas e equipamentos (33%). O aumento de pontos de venda foi lembrado por 15% dos respondentes, seguido por ampliação do parque fabril e a participação em licitações ou privatizações (ambas com 10%). Ainda aparecem como destinos de investimentos a aquisição de empresas (9%); a aquisição de produtos ou marcas de outras empresas (5%); a abertura de novas unidades fabris e a participação em concessões públicas (as duas últimas com 3% de citações, cada).

“As empresas pequenas e médias estão atentas à necessidade de adequar seus portfólios àquilo que é uma demanda natural do consumidor moderno, já que grande parte dos entrevistados, 49%, priorizam o lançamento de novos produtos ou serviços”, diz Othon Almeida.

Desafios disruptivos

A pesquisa Agenda 2017 mostra que os gestores brasileiros ainda têm um bom caminho a percorrer para inserir suas organizações no processo de adoção das novas tecnologias e tendências que marcam as mudanças disruptivas no campo dos negócios.

O estudo sugeriu 12 frentes tecnológicas para que os participantes que representavam PMEs escolhessem três opções que serão priorizadas no próximo ano. A prática de Analytics surge no topo das indicações, com 39% de citações, seguida pela Internet das Coisas (IoT, da sigla em inglês, “Internet of Things”, com 31%) e segurança cibernética (22%). Na sequência aparecem Indústria 4.0 (20%); saúde digital e plataformas autônomas (ambas com 16%, cada); tecnologias exponenciais (10%); realidade virtual aumentada e smart cities (9%, cada); impressão 3D (6%); bitcoins (5%); e blockchain (3%).

Sessenta e dois por cento dos respondentes afirmaram não ter ideia do que seja blockchain (sistema de registros que garante a segurança e integridade das operações financeiras realizadas sem a necessidade de uma autoridade central; seu uso mais conhecido são as moedas digitais); 39% dos participantes disseram desconhecer completamente o que é Indústria 4.0 (conceito que representa a tendência da nova manufatura integrada, com as tecnologias disruptivas unindo máquinas, sistemas e pessoas; é considerada uma “nova revolução industrial”); e 41% nunca ouviram falar em tecnologias exponenciais (pelas quais, segundo a chamada “Lei de Moore”, estimam o avanço exponencialmente rápido dos processadores).

Sobre a pesquisa Agenda 2017

A Deloitte contou com a participação de gestores de 746 empresas para a pesquisa Agenda 2017, das quais, 52% são de pequeno ou médio porte. Todas as companhias unidas projetam receita líquida de R$ 1,6 trilhão em 2016. Entre os respondentes, 18% são CEOs; 44%, diretores ou superintendentes; 5%, membros dos conselhos de administração; 30%, gerentes; e 3%, analistas.

Entre as organizações, 32% são controladas por grupos estrangeiros. Em relação à receita líquida prevista para o fechamento de 2016, as PMEs (52% do total) estimam que será de até R$ 250 milhões, 23% preveem entre R$ 250 milhões e R$ 1 bilhão e 25% estimam resultados acima de R$ 1 bilhão. A coleta de informações foi realizada entre setembro e outubro deste ano.

Para encontrar os dados completos da pesquisa acesse o site da Deloitte: www.deloitte.com.br.

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