Polícia Civil esclarece providências tomadas no caso Isolda Claudino

A Polícia Civil realizou na manhã desta terça-feira (20), uma coletiva de imprensa com o intuito de elucidar as providências tomadas pela Delegacia da Mulher (DEAM) da Zona Norte referente ao caso do assassinato de Isolda Claudino. Ela foi morta na segunda-feira (19) com 14 facadas pelo ex-marido, José Cândido de Melo, que foi preso em flagrante.

Em 2013, Isolda procurou a polícia para noticiar que estava sendo vítima de ameaças do então companheiro. Na época foram solicitadas as medidas protetivas de urgência e feito o inquérito policial, que foi encaminhado ao Poder Judiciário e devidamente concluído.

Já em 2018, ela retornou à delegacia afirmando que havia se reconciliado com José Cândido após o episódio de 2013, mas que estava tentando se separar novamente, pois vinha sofrendo novas ameaças. No mesmo dia, foram solicitadas então as novas medidas protetivas e encaminhadas ao Poder Judiciário, já que uma Delegacia não pode deferi-las.

Na semana passada o agressor foi ouvido pela polícia negando ter feito ameaças, mas mesmo assim foi orientado e alertado para que ficasse longe de Isolda. Em casos como este (violência contra a mulher) é oferecido o apoio da Casa Abrigo para que a vítima possa ficar tranquila e longe do seu agressor, porém por diversos motivos, ela negou este recurso.

Segundo a Delegada da DEAM/ZN, Ana Alexandrina Gadelha, “No ano de 2017 a Delegacia da Mulher instaurou 547 inquéritos policiais, sendo todos concluídos e encaminhados ao Poder Judiciário. Portanto não podemos afirmar que ela foi fraca e nem que o sistema criminal está falhando neste ponto. A equipe compreende que a vítima não teve qualquer culpa pelo seu assassinato e acordou hoje muito triste pela perda de Isolda.”

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