Polícia Civil faz operação contra milícias no Rio de Janeiro

Foto: Ricardo Pereira 

A Polícia Civil realiza uma operação contra milicianos na manhã desta quinta-feira (9) no Rio de Janeiro. Os agentes cumprem 16 mandados de prisão e 51 de busca e apreensão. Os alvos da Operação Porto Firme estão localizados nos bairros de Vargem Pequena e Vargem Grande, Zona Oeste da capital fluminense.

De acordo com informações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), os investigados são acusados de participar de uma organização criminosa responsável por tráfico de drogas e de armas de fogo, extorsões, homicídios, agiotagem e corrupção ativa.

O delegado Antonio Ricardo Nunes, chefe da Divisão de Homicídios, informou que o grupo “é responsável por homicídios, tráfico de drogas e tráfico de armas”. “Eles expulsam os traficantes do local para montar os negócios de entorpecentes. É uma organização que conta com um grupo grande de pessoas.”

Cinco mandados de prisão já foram cumpridos. Um policial militar, o cabo Fernando Mendes Alves (conhecido como “Biro”), foi preso em Vargem Pequena. De acordo com o MPRJ, ele era responsável pela “proteção dos demais membros do grupo para que estes pudessem continuar praticando delitos impunemente, sem que forças externas os incomodassem, inclusive intervindo em ações da Polícia Civil”. Os demais alvos seguem foragidos.

O PM Leonardo Magalhães Gomes da Silva (conhecido como “Capitão”), que seria o líder da organização e principal alvo da ação desta quinta, ainda não foi localizado pelos policiais. “Ele responde por organização criminosa e tráfico de entorpecentes”, disse Nunes.

A investigação é um desdobramento de um homicídio ocorrido em Vargem Grande no fim de 2018. Marcus Vinicius Calixto teria sido morto após contrariar os interesses dos milicianos. De acordo com o delegado, a organização – conhecida por atuar com extrema violência – é uma “narcomilícia” que ameaça policiais na região e trafica drogas.

Entre os investigados, há quatro policiais militares, sendo dois alvos de mandados de prisão e os outros dois, de busca e apreensão.

A operação é uma ação do MPRJ, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), da Delegacia de Homicídios da Capital e da Corregedoria da Polícia Militar.Veja em CNN BRASIL

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