Polícia investiga maus-tratos a 49 cães da raça pug encontrados em casa no RS

Foto: Divulgação/ONG SOS Pug

A Polícia Civil gaúcha investiga uma denúncia de maus-tratos, que terminou com o resgate de 49 cães da raça pug, na cidade de São Sebastião do Caí, no interior do estado.A delegada Cleusa de Oliveira começou a averiguar, nesta quarta-feira (7), os laudos dos veterinários que examinaram os animais.

Tudo começou na última sexta-feira (2), quando um grupo de 17 protetores de animais invadiu a casa onde os cachorros estavam e capturou os animais. Nas fotos e vídeos é possível ver o local com acúmulo de fezes e xixi e alguns machucados nos bichos. À Polícia, os ativistas assumiram que entraram no local sem permissão.

“Todas as ações e condutas serão apuradas. Há notícia, além dessa questão do ingresso sem ordem judicial, [de] crueldade contra os animais, delitos de lesão corporal, ameaça e vias de fato”, completa a delegada.

Um dos integrantes, que prefere não se identificar, conta que a ONG SOS Pug já vinha recebendo denúncias e por isso, decidiu agir. “Os cachorros [estavam] gritando sem água, nem comida”, relata. Ele conta ainda, que encontraram muitos medicamentos para pet vencidos e um bisturi.

De acordo com a Polícia, há fortes indícios de que os pugs eram vítimas de maus tratos. Todos envolvidos já prestaram depoimento aos investigadores. A proprietária do canil disse que é criadora registrada, mas ainda não entregou nenhum documento comprovando.

Em nota publicada nas redes sociais, o Kennel Clube do RS – entidade que representa os criadores de animais – confirmou que a proprietária é registrada e condenou a atitude arbitrária e violenta das pessoas que orquestraram e praticaram a ilegal invasão da propriedade privada.

A maioria dos animais está em lares temporários. Conforme a ONG, três estão internados – dois com pneumonia e uma cadelinha que está grávida.

“Neste momento, se apresenta como a melhor opção até que, ao final [do inquérito] se chegue a uma conclusão. Mas estão à disposição do juízo, na medida em que houver uma ordem judicial – seja de devolução ou de perdimento (perde da guarda dos animais) – eles terão o devido encaminhamento”. delegada.

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