Policiais da reserva vão fazer segurança dos prédios da Fundação José Augusto
Com a volta do funcionamento de alguns equipamentos, como o Papódromo e a Escola de Dança do TAM, aliado aos furtos dos quadros da Pinacoteca no último mês de outubro, ainda sem solução, a Polícia Militar do RN publicou no sábado (30) uma portaria convocando policiais da reserva para atuarem em equimentos da Fundação José Augusto (FJA).
A ideia é que 160 agentes da lei sejam chamados para atuarem na segurança dos prédios públicos que vão voltar a funcionar ou que já estejam atuando normalmente. Exemplo do Forte dos Reis Magos, Teatro Alberto Maranhão e o Museu da Rampa.
O Diretor Geral do Órgão, Crispiniano Neto, falou da urgência da portaria visto que existe uma defasagem de funcionários dentro da fundação há muito tempo.
“A FJA tinha 600 funcionários, no último dia de 2010. Hoje, tem menos de 200 funcionários, grande parte são músicos e professores. Vigias não tem quase nenhum, alguns se aposentaram e precisamos colocar vigilância nesses prédios”, relata o diretor.
Além do número pequeno de funcionários para cobrir um quantitativo de 59 prédios no estado todo, só em Natal há 14, outro fator que pesou na hora da escolha por essa opção foi o investimento menor em relação aos valores altos cobrados pela segurança privada.
“A vigilância privada fica no valor muito elevado e surgiu essa possibilidade de ter suboficiais da reserva fazendo esse trabalho. Sai por um preço que é o da gratificação. Já que é um policial reformado que vai voltar a ter uma utilidade para a sociedade e vai ter um custo infinitamente menor para o estado”, analisou o diretor.
A insegurança também nas repartições públicas geridas pela FJA, como os casos dos furtos da Cidade da Criança e os roubos de vários quadros dentro da Pinacoteca do Estado no mês de outubro, foram a outra condição que motivou as chamadas da portaria pública. “Chegamos ao ponto de colocar cercas elétricas na Cidade da Criança. Fica muito difícil não haver algum tipo de agressão. Depois de um investimento caríssimo dessas obras, precisamos de pessoas que garantam a segurança no patrimônio público”.
De acordo com o documento público, todos os militares convocados deverão atuar na Fundação José Augusto, com escalas de 24 horas de serviço por 72h de descanso. Eles devem possuir menos de 59 anos até a data do ato de designação.
Por conta do serviço atípico, os militares convocados receberão um auxílio mensal correspondente a um terço do valor da aposentadoria, que não será incorporado posteriormente aos salários.
Os policiais interessados deverão passar por um processo de seleção que terá: inscrição, inspeção de saúde, exame de aptidão de condicionamento físico (EACF) e apresentação. Apenas podem participar militares que tenham menos de cinco anos de reserva.
Os convocados também recebem transporte e diárias (quando se afastar da sede), retribuição por serviço extraordinário, indenização de ensino e retribuição por exercício de cargo ou função de confiança, quando designado.
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