Policial militar é indiciado pela morte de Luiz Benes Júnior

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte indiciou por homicídio doloso um policial militar do 4º Batalhão que não teve o nome revelado pela morte do adolescente Luiz Benes Leocádio de Araújo Júnior, 16 anos.

O resultado da investigação da polícia diverge do Inquérito Policial Militar, que inocentou os quatro policiais que participaram da abordagem ao veículo no momento em que o estudante era feito refém na Zona Norte de Natal.

Benes Júnior foi surpreendido na Avenida Romualdo Galvão no dia 15 de agosto de 2018, quando foi ao carro do pai, o ex-prefeito de Lajes e atual deputado federal, Benes Leocádio.

Dois adolescentes apontaram revólveres para Benes Júnior e o sequestraram, obrigando-o a dirigir até a Zona Norte da cidade, onde praticaram diversos assaltos.O carro foi perseguido pela Polícia Militar e na Avenida Moema Tinôco, uma das saídas para a BR-101 Norte, foi interceptado.

Os policiais entraram em confronto com a dupla e Benes Júnior acabou sendo baleado, juntamente com um dos suspeitos do sequestro, o adolescente Mateus da Silva Régis, 17 anos. Os dois foram socorridos, mas morreram em unidades de saúde diferentes.

O inquérito sobre o caso foi concluído no dia 31 de janeiro. Segundo informações obtidas com exclusividade pela equipe de reportagem do Patrulha da Cidade, da TV Ponta Negra, um dos quatro policiais militares envolvidos na ação foi indiciado por homicídio doloso. O inquérito tem dois volumes, quase 300 páginas e mais de dez pessoas foram ouvidas.

O exame de balística que apontou que o tiro sofrido pelo adolescente partiu de um fúzil usado apenas pela PM na ocasião foi fundamental para a investigação da Polícia Civil. O caso está com o promotor criminal Luiz Eduardo da 80ª Promotoria de Justiça.

Fonte:Redação OP9RN

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