Preso pela PF, Baldy votou pelo Impeachment de Dilma para ‘limpar Brasil da corrupção’

Foto: Arquivo/Reprodução

Preso nesta quinta-feira (6/8) por suspeita de corrupção, o secretário de Transportes do Governo de São Paulo, Alexandre Baldy, votou a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016. “Agradeço a Deus por ter a oportunidade de ajudar o meu povo a limpar esse país de mazelas, corrupção e malfeitos”, alegou na época (Veja o vídeo abaixo).

Baldy foi deputado federal por Goiás na Legislatura 2015-2019, mas licenciou-se do cargo para assumir o Ministério das Cidades em 2017, na gestão Michel Temer (MDB), que assumiu o lugar de Dilma após o processo de afastamento.Ele é secretário de João Doria (PSDB) desde de janeiro do ano passado.

Baldy foi preso temporariamente no âmbito de uma investigação que é desdobramento da Lava-Jato. Deflagrada pela Polícia Federal em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), a Operação Dardana%u0301rios está cumprindo 11 mandados de busca e apreensão (em SP, Rio, Goiás e Distrito Federal) e seis mandados de prisão temporária.

A investigação apura pagamento de vantagem indevida a uma organização criminosa que intermediava contratos em diversas áreas, em especial a da Saúde. Ela é um desdobramento das operações Fatura Exposta e SOS, relativas a desvios de recursos no Rio que eram repassados para a organizac%u0327a%u0303o social Pro%u0301-Sau%u0301de. Os suspeitos responderão pelos crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Dinheiro no Lago Sul

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, os agentes da Polícia Federal encontraram R$ 90 mil em espécie em uma residência no Lago Sul. De acordo com informações obtidas pelo Correio, junto a fontes que atuam nas investigações, o endereço é ligado ao secretário.

A assessoria de Baldy chamou a prisão de “desnecessária e exagerada”. Em nota, afirmou que o ex-ministro das Cidades no governo do ex-presidente Michel Temer, “tem sua vida pautada pelo trabalho, correção e retidão.”

“Foi desnecessário e exagerado determinar uma prisão por supostos fatos de 2013, ocorridos em Goiás, dos quais Alexandre sequer participou. Alexandre sempre esteve à disposição para esclarecer qualquer questão, jamais havendo sido questionado ou interrogado, com todos os seus bens declarados, inclusive os que são mencionados nesta situação. A medida é descabida e as providências para a sua revogação serão tomadas”, diz o texto.

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