Nunca trocou tiros: Professora da UFF chama megaoperação no Rio de “espetáculo macabro” e critica planejamento policial

Sem nunca ter subido qualquer morro para trocar tiros com bandidos, a professora Jacqueline Muniz, do Departamento de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF), classificou a megaoperação policial no Rio de Janeiro — que deixou mais de 100 mortos em comunidades da Penha e do Alemão — como um “desastre de planejamento” e um “espetáculo macabro”. A declaração foi dada durante uma análise sobre as ações das forças de segurança na capital fluminense.

Segundo Jacqueline, a operação, que tinha como missão inicial cumprir mandados de prisão, perdeu seu propósito e se transformou em uma ação marcada pela violência excessiva e falta de estratégia.

“O tipo de operação era adequado, mas se transformou num espetáculo macabro. Quando há muita matança, estamos queimando arquivos. Você não mata a galinha dos ovos de ouro da investigação e da inteligência”, afirmou.

A especialista destacou ainda que nenhuma força, por maior que seja, é capaz de manter controle territorial apenas com ações de confronto.

“Nenhuma operação, nem com 10 pessoas, nem com 2.500, nem com milhões, é capaz de produzir controle sobre território e população. Todo o efeito é repressivo, pontual e limitado no tempo e no espaço”, explicou.

Para a professora, a operação representa a ausência de planejamento técnico e o uso político das forças de segurança. Ela defende que o verdadeiro papel da polícia é agir com foco e precisão, evitando ações de impacto sem resultado prático.

“A operação é o estado da arte da ação policial. É repressão qualificada e com foco. Por isso precisa ser cirúrgica, usada com parcimônia”, completou.

As declarações de Jacqueline Muniz geraram repercussão nas redes sociais e dividem opiniões entre especialistas em segurança pública. Enquanto alguns concordam com as críticas à condução da operação, outros defendem a firmeza das ações contra o crime organizado.

Informações: Revista Forum

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1 Comentário

VAL SERIDÓ

nov 11, 2025, 1:32 pm Responder

Ninguém deseja a morte de pessoas, mas a partir do momento em que se entra no crime, o indivíduo está sujeito a morrer ou a matar a qualquer momento.

Quem sabe quantas pessoas inocentes seriam mortas no futuro por esses que perderam a vida na operação?

Professora, é melhor vc focar em dar aula, essa é sua função.

Sobre operação militar, deixe os especialistas militares resolverem.

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