Promotor nega influência em nomeação de parentes na ALRN

O promotor de justiça Giovanni Rosado negou ter sido responsável pela nomeação do seu irmão, Giuseppe Rosado Diógenes Paiva, e de sua ex-cunhada, Nadine Glenda Marques Feitosa, para o exercício de cargos em comissão na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. A acusação consta na investigação do Ministério Público Estadual, ao qual ele faz parte, publicada no Diário Oficial do Estado nesta sexta-feira (8) para apurar se “eventual ilicitude na conduta do promotor” para empregar os parentes.

“Deve ser uma denúncia de 2010 que não procede. Fui comunicado à época e prestei meus esclarecimentos. De qualquer modo, não tenho nenhuma ligação com quem quer que tenha sido nomeado na Assembleia Legislativa. Trabalho no Ministério Público e cheguei onde cheguei via concurso público. Nunca indiquei ninguém a nada e se o tivesse feito, não seria crime sugerir indicações”, disse o promotor.

Giovanni Rosado coordenou a Operação Cidade Luz, em 2017, que apontou a existência de um cartel operando dentro da Secretaria de Serviços Urbanos de Natal (Semsur), formado por empresas pernambucanas que prestavam serviço de iluminação pública. Na ocasião, nove pessoas foram detidas no estado e cinco em Pernambuco, resultando ainda no afastamento do então presidente da Câmara Municipal e ex-secretário da Semsur, Raniere Barbosa, por quatro meses.

A Portaria que abre o inquérito contra o promotor converte a “Notícia de Fato” em inquérito considerando que já ultrapassou o prazo legal para conclusão, tendo ocorrido sucessivas série de registros de suspeição. Giovanni diz que não foi notificado, mas que lembra de uma acusação semelhante que sofreu no ano de 2010 a partir de uma denúncia anônima, segundo ele, sem provas.

A portaria não traz detalhes sobre a acusação. O promotor Wimar Carlos de Paiva Leite Filho, que assina o inquérito, disse que “o objeto da investigação será desenvolvido com a rapidez e a responsabilidade que se espera do Ministério Público, não sendo apropriado nesta oportunidade externar qualquer juízo de valor”.

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