Quase dez mil mortos receberam Bolsa Família no estado do Pernambuco, diz MPF

_GUT0857
FOTO INSTITUCIONAL (calendario bolsa familia 2016)

O Ministério Público Federal (MPF) suspeita que a União pagou mais de R$ 16,7 milhões do Bolsa Família para quase dez mil mortos, entre 2013 a 2014, em Pernambuco. Com um repasse no valor de R$ 369,2 milhões, o órgão também aponta que Pernambuco é o segundo estado no ranking nacional  em número de beneficiários investigados por não se enquadrar nos critérios do programa. E não para por aí. O Recife, de acordo com o MPF, ocupa o quinto lugar na relação de municípios que estão sob suspeita.

O G1 entrou em contato com a Secretaria de Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Recife, mas ainda não obteve retorno. Procurada pela reportagem, a Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude do estado informou que não tem nenhum controle do Bolsa Família já que, segundo a pasta, cada município tem sua administração própria.

E as irregularidades não param. Dos mais de R$ 4 bilhões pagos em Pernambuco, 89.658 mil servidores públicos receberam total de R$ 248,7 milhões do programa. Além disso, pouco mais de dois mil doadores de campanha ganharam R$ 6,5 milhões. O estado também contabiliza 45,538 mil empresários embolsando quase R$ 117 milhões. O órgão não informou quantas pessoas têm o direito de receber o benefício no estado.

O ministério ressalta que o somatório dos valores não corresponde ao número total de irregularidades. Já que MPF identificou beneficiários com mais de um CPF cadastrado. Por isso, um mesmo beneficiário pode ser enquadrado como doador e servidor, por exemplo.

Mesmo assim, de acordo com o MPF, não significa que eles tenham tido a iniciativa de fraudar o Bolsa Família, mas que não se enquadravam nos requisitos para receber o benefício.

A capital pernambucana só perde para Salvador (BA), Brasília (DF), João Pessoa (PB), Manaus (AM) com mais pagamentos suspeitos. Contudo, o órgão não detalhou dados da fraude em cada município.

A suspeita teve início ao cruzar informações de beneficiários com dados da Receita, Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Tribunais de Contas. Com isso, o MPF identificou pagamentos supostamente irregulares no valor de R$ 2,5 bilhões, no mesmo período, em todo território brasileiro. Ao todo, os repasses foram feitos para cerca de 1,4 milhão de pessoas.

Quem tem direito
O programa foi criado para, exclusivamente, para famílias que vivem em situação de pobreza e de extrema pobreza. Ou seja, com renda per capita abaixo de um salário mínimo por pessoa. Para esse cálculo, se faz a média dos salários dos membros das famílias.

Para se candidatar a receber o programa, a família precisa se inscrever no Cadastro Único Ela ainda precusa estar com os dados atualizados há menos de 2 meses.

1 Comentário

Inácio Augusto de Almeida

jun 6, 2016, 2:20 pm Responder

Isto só em PE. Imaginem no Brasil todo.Tem que fazer um recadastramento igual ao que as Forças Armadas fazem com os seus inativos. Tem que ser presencial. Que venha em cadeira de rodas, que venha numa maca, mas que venha. Ou vem ou o benefício é cortado. Se isto for feito o o dinheiro que flanelinha vai ganhar guardando carro de Barão gente besta não conta. E ainda tem a turma que já está no mundo espiritual e vai levar falta.
Se passarem realmente um pente fino mais de um milhão de Bolsa Família serão cortadas sem que nenhum brasileiro realmente necessitado deste auxílio seja atingido. Não duvidem de encontrarem no meio dos que recebem Bolsa Família alguém já condenado por prática de improbidade no SAL GROSSO. Da turma do SAL GROSSO ninguém duvide de nada.
////
OS RECURSOS SAL GROSSO SERÃO JULGADOS DEPOIS DAS GALINHAS CRIAREM DENTES?

Escreva sua opinião

O seu endereço de e-mail não será publicado.