Rio Grande do Norte pretende ‘estocar vento’; veja como é possível no vídeo

O governo do Rio Grande do Norte fechou há poucas semanas uma parceria com a empresa EV Brasil para o desenvolvimento de um projeto de “armazenamento verde gravitacional de energia” em larga escala e de longa duração. O nome é complexo, mas, basicamente, tem a ver com “estocar vento”.

Pois é. Se você se lembrou da famosa expressão usada pela ex-presidente Dilma Rousseff em uma entrevista coletiva na ONU, em 2015, é por aí mesmo. O governo do RN assinou um memorando de entendimento (MoU) com a EV Brasil, e a proposta é de encontrar meios de fazer a energia eólica ser armazenada em uma espécie de estoque, sem uso imediato.

“Estamos falando de estocar energia gerada a partir do vento com o objetivo de ter energia disponível para os momentos do dia em que não houver vento. O mesmo vale para a geração solar: estocar para os momentos em que não houver sol”, explicou João Fernandes, diretor executivo da EV Brasil, representante brasileira da empresa suíça Energy Vault.

Estocar vento: como funciona? Grosso modo, essa tecnologia de armazenamento de energia eólica que deve ser usada no RN instalada blocos de concreto no parque eólico. Esses blocos de concreto ficam empilhados em torres de até 120 metros de altura para armazenar um outro tipo de energia, que um objeto adquire ao ser elevado: a potencial gravitacional. Trata-se de uma enorme estrutura que funciona como um complexo ioiô.

Quando for preciso consumir a energia guardada ali, basta baixar os blocos com um cabo de aço acoplado a um gerador. Esse movimento transforma a energia eólica armazenada nos sistemas em energia elétrica. Falando assim, pode ser difícil visualizar, mas uma simulação 3D e vídeos de uma torre já construída em Arbedo-Castione, na Suíça, ajudam a entender melhor o processo.

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