Receita líquida da TIM com serviços recua 0,7% e atinge R$ 3,842 bi no 4º trimestre

A TIM obteve R$ 3,842 bilhões de receita líquida com serviços no quarto trimestre de 2016, uma leve queda de 0,7% em relação ao mesmo período de 2015. As receitas de serviços de valor agregado (SVA) somaram R$ 1,658 bilhão no quarto trimestre de 2016, crescimento de 13,9% frente ao quarto trimestre de 2015. Com isso, sua participação no total das receitas líquidas do grupo passou de 39% para 46% na comparação entre os mesmos períodos.

As receitas inovativas, parte da SVA que engloba serviços de conectividade e conteúdo, entre outros, cresceram 17,7%, se mantendo como principal vetor da melhora das receitas da TIM. A companhia espera que essa linha de receita acelere nos próximos trimestres, conforme as ofertas combinadas (voz + dados) aumentarem sua penetração na base de clientes.




A receita de assinatura e utilização encerrou o quarto trimestre de 2016 em queda de 7,2%, alcançando R$ 1,301 bilhão. Segundo a companhia explicou em sua apresentação de resultados, a linha foi impactada por uma contínua migração de voz para à utilização de dados. Esse fluxo de receita vai mudar continuamente sua dinâmica, conforme a TIM introduzir mais ofertas combinadas (voz + dados).

Os Minutos de Uso (MOU) totalizaram 113 minutos no quarto trimestre e 117 minutos em 2016, representando reduções em comparação com os 119 minutos registrados em 2015. Os serviços de Longa Distância continuam sendo os mais impactados dentre as receitas tradicionais devido à maior exposição à migração do uso de voz para dados. No quarto trimestre, esta linha registrou queda de 23,7%, para R$ 324 milhões.

As receitas de interconexão chegaram a R$ 265 milhões, baixa de 24,6%. Já as receitas de serviços fixos foram a R$ 201 milhões, alta de 15,8%. As receitas líquidas de produtos recuaram 18% no quarto trimestre, para R$ 202 milhões, refletindo a redução no volume de aparelhos comercializados.

Apesar dos desafios do cenário macroeconômico e da volatilidade cambial, a penetração de smartphones seguiu avançando e alcançou 72,3% da base total em novembro de 2016, contra 67,6% em dezembro de 2015. A esperada recuperação da economia brasileira pode gerar um efeito positivo para o segmento de aparelhos em 2017, segundo avaliação da empresa. A receita média por usuário (ARPU) cresceu 9,1% no quarto trimestre, para R$ 19,2.

Os custos de operação da TIM alcançam R$ 2,483 bilhões no quarto trimestre, recuo de 6% ante o mesmo período de 2015. Já no acumulado de 2016, os custos recuaram 11,5% ante 2015, para R$ 10,387 bilhões. Entre os principais cortes feito pela tele no trimestre, estão as despesas com pessoal (-15,2%), despesas gerais e administrativas (-35,6%) e rede e interconexão (-6,9%).

As Provisões para Devedores Duvidosos (PDD) subiram 3,2% no quarto trimestre. Em 2016, entretanto, o ambiente macroeconômico desfavorável e o maior foco na aquisição de clientes pós-pago levaram o PDD a crescer 15,7%. A TIM avalia que tem conseguido manter um nível saudável de PDD como porcentual da receita bruta, que atingiu 1,2% em 2016, contra 0,9% em 2015.

O Fluxo de Caixa Operacional Livre Normalizado da TIM alcançou R$ 852 milhões no quarto trimestre, um aumento de 20,4% frente ao mesmo período de 2015. Em 2016, o fluxo foi de R$ 68 milhões, uma recuperação frente ao fluxo negativo de R$ 742 milhões em 2015. Ambos os resultados são explicados principalmente pelo impacto positivo decorrente do aumento do capital de giro, devido à redução de contas a pagar a fornecedores e em decorrência do redimensionamento do negócio de aparelhos iniciado em 2015. T

IM divulga plano estratégico para o período de 2017 a 2019 A TIM divulgou o plano estratégico de 2017 até 2019, com meta de curto prazo de investir R$ 4 bilhões e, até 2019, R$ 12 bilhões. A empresa também pretende conquistar margem Ebitda superior a 36% e que a receita de serviços móvel alcance 25% da receita total em 2019. No curto prazo, isto é, em 2017, a empresa tem como meta ter receita de serviços móvel e Ebitda positivo em todos os trimestres, ante quedas de 5% e 3%, respectivamente, em 2016.

O capex em 2016 foi de R$ 4,5 bilhões e a empresa estima investir aproximadamente R$ 4 bilhões no curto prazo. No longo prazo, a TIM tem como objetivo que a receita de serviços (móvel) atinja aproximadamente 25% de participação na receita total em 2019, ante 23% atualmente. No mesmo ano, a empresa pretende alcançar margem Ebitda superior a 36%, contra 33,5% em 2016.

De 2017 até 2019, a companhia também pretende conquistar capex de R$ 12 bilhões e que a cobertura 3G/4G atinja 92% da população. No documento, enviado como fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa destaca que tem como objetivo melhorar o posicionamento da marca, visando se tornar a opção preferida para os clientes pós-pagos e confirmar a liderança no pré-pago.

A companhia também visa introduzir serviços digitais nas ofertas com desenvolvimento de parcerias estratégicas com OTTs e provedores de conteúdo. A TIM tem ainda como objetivo a adaptação da estratégia comercial, visando implementar uma abordagem regional.

A TIM realizará eventos para a atualização do plano industrial, sendo em Nova York no dia 6 de fevereiro e em São Paulo no dia 9 de fevereiro. Base de clientes da TIM alcançou 63,4 milhões de linhas no final de 2016 A base de clientes da TIM alcançou 63,4 milhões de linhas ao final de dezembro de 2016, revertendo os resultados negativos de períodos anteriores e apresentando adições líquidas positivas de 171 mil linhas no quarto trimestre. Segundo a companhia avalia, esse desempenho é resultado de um crescimento sólido no segmento pós-pago, que mais do que compensou as desconexões nas linhas pré-pagas.

As adições brutas totais cresceram tanto no pós-pago quanto no pré-pago no quarto trimestre, aumentando em 8,7% na comparação anual e totalizando 9 milhões de linhas no trimestre, enquanto as desconexões diminuíram para 8,8 milhões de linhas no mesmo período. Consequentemente, a taxa de desconexão chegou a 13,9% no quarto trimestre de 2016, caindo quando comparada à 20,3% no mesmo período de 2015.

A base de clientes pós-pagos alcançou 14,9 milhões de usuários ao final do quarto trimestre, um crescimento de 9,6%. Em 2016, as adições líquidas no pós-pago totalizaram 1,3 milhão de linhas, um aumento de 21% quando comparado ao total de 1,1 milhão adicionado em 2015.

No segmento pré-pago, a TIM reduziu o ritmo de desconexão no quarto trimestre, mas ainda seguindo uma política rigorosa para manter sua base limpa. Ao final de 2016, a base pré-paga alcançou 48,5 milhões de linhas, uma queda de 7,8%.

Jornal do Comércio

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