Reforma pode levar a ciclo virtuoso, afirma ministro

A reforma da Previdência vai cortar privilégios, afirmou nesta segunda-feira, 11, o ministro-chefe da Casa Civil, Wellington Moreira Franco, durante o painel de abertura do fórum do Estadão sobre a reforma. De acordo com o ministro, com a proposta aprovada pelos parlamentares, o Brasil poderá ter, já a partir do ano que vem, o início de um círculo virtuoso de crescimento e desenvolvimento econômico.

“Por a questão da Previdência ser o problema fiscal mais grave para o País, podemos ter ano que vem o início de um ciclo virtuoso, a confiança aumentará.” Ele diz crer que o governo Temer tem cumprido projetos de modernização para o País, apontados no programa “Uma Ponte para o Futuro”. “Somada a outras iniciativas importantes, (com a reforma da Previdência) vamos poder fazer projeções que indiquem uma saúde fiscal, coisa que não temos há muito tempo.”

Ele também disse que a política econômica do governo anterior insistia em substituir a aritmética pela ideologia. “É evidente que a vida cobra.”

Durante a discussão da Reforma da Previdência, o governo foi criticado por ter falhado na comunicação da proposta. Nas últimas semanas, o Planalto tem se empenhado em dizer que a reforma é necessária para cortar privilégios e igualar regras para aposentadoria de balhadores que ganham menos aos que têm rendimento maior.

A principal questão nessa etapa da reforma, diz Moreira Franco, é combater os privilégios. “É impossível que se viva em uma sociedade democrática quando não se consegue garantir igualdade para todos.”

De acordo com Moreira Franco, a reforma vai gerar um ambiente com maior segurança jurídica e confiança dos agentes econômicos, viabilizando projetos de médio e longo prazos.

O ministro reconheceu que, após as mudanças no texto, a reforma da Previdência pode ter sido “muito desidratada”. Observou, porém, que as versões anteriores pareciam ser um “oceano”. “As pessoas quase morreram afogadas”, disse Moreira Franco, reiterando que o texto atual está “como deve ser” por acabar, segundo ele, com privilégios e enfrentar as aposentadorias precoces.

A proposta começará a ser discutida nesta quinta-feira, 14, e o governo ainda tenta conseguir os 308 votos necessários para a aprovação do projeto. Segundo Franco, o governo está aberto a negociar concessões a deputados para obter apoio. “O governo acredita no diálogo.”, falou.

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