Reunião de facção termina com 32 presos no CE

Trinta e duas pessoas de uma mesma facção criminosa foram presas em uma ”reunião” em que faziam um balanço de crimes e planejavam novas ações, na noite desta quinta-feira (23), na cidade de Maracanaú, na Grande Fortaleza.  Houve tiroteio. Motos, carros de luxo e uma metralhadora foram apreendidos.

A facção criminosa que foi presa durante uma operação da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) praticava ataques a órgãos públicos e a instituições financeiras. A informação foi repassada pelo delegado Raphael Vilarinho, titular da DRF.

De acordo com Vilarinho, o grupo era investigado pelo menos há seis meses, desde que começou iniciou uma onda de ataques a órgão públicos e ataques contra agências bancárias no interior do Ceará.

“Era uma organização criminosa que vinha atuando no Brasil todo. E não seria diferente aqui no Estado do Ceará. As investigações começaram desde quando iniciaram os ataques a orgãos públicos e a instituições financeiras”, disse.

Segundo Vilarinho, cerca de 50 pessoas estavam reunidas em um sítio, localizado na Rua João Campos Filho, bairro Parque Tijuca.  Houve tiroteio. Trinta e duas pessoas foram presas. Além das prisões, a polícia apreendeu uma metralhadora de fabricação caseira, celulares, uma pistola da Polícia Civil do Piauí, motos e automóveis de luxo.

Segundo a polícia, a maioria dos detidos tinham passagens pela polícia. “Prendemos vários indivíduos conhecidos pela polícia. Trinta e dois presos, mais de 20 já tinham antecedentes criminais, dois deles com mandado de prisão em aberto. Dois deles utilizaram tornozeleira eletrônica”, acrescentou.

Um dos líderes do grupo preso pela Polícia Civil é o rondoniense Vagner Medeiros de Freitas, 28, o ‘Coiote’. Ele havia sido preso, em 2010, acusado de roubo de veículos e também por planejar o sequestro de um empresário local.

Reunião para o crime
O delegado DRF disse também que a quadrilha realizava uma vez por ano uma reunião para agendar crimes e fazer um balanço de tudo que foi feito durante o ano. E foi nesta reunião que a polícia prendeu os membros da facção. Nessa reunião, de acordo com Vilarinho, os assaltantes iam atacar uma agência bancária do Milhã.

“O grupo realiza esse tipo de reunião uma vez por ano justamente para ajustar os objetivos da organização. Naturalmente iam cometer mais crimes. Roubo, homicídio e tráfico de drogas”

“Descobrimos que essa reunião, além de comemorar a união do grupo serviria para marcar ou combinar uma ataque ao banco de Milhã. O grupo já estava se articulando e parte dele iam se encontrar com criminosos e praticar a ação”.

Sobre a possibilidade do grupo ser realmente uma facção criminosa conhecida agindo no Estado, Vilarinho afirmou que qualquer quadrilha criminosa se intitula como quer.  “Eles se intitulam do PCC. Estamos olhando para uma que se intitula de PCC. São facções criminosas, como já falei que agem no Brasil inteiro. O crime organizado se intitula como quer”, assegurou.

G1

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