Revolta em Cruzeta: ”Agricultor foi detido” depois de castrar e cegar olho de cachorro

Um agricultor da cidade de Cruzeta, identificado como “Nenê Aleijado”, está sendo apontado autor de um crime bárbaro contra um cachorro naquele município, pois segundo o denunciante de nome Fábio (proprietário do animal), o crime se deu da seguinte forma: O acusado reclamava que o cachorro (no caso a vítima) rondava seus animais e havia risco de perdê-los, com isso se achou no direito de furar um dos olhos do animal e ainda arrancou, sem pena e dor, os seus testículos, o cãozinho ficou agonizando até ser encontrado.

O caso revoltou a população de Cruzeta, que exigiu investigação imediata. Nessa manhã, com apoio da GUARDA MUNICIPAL DE CRUZETA, policiais militares da CIPAM DE CAICÓ detiveram o acusado, que foi imediatamente conduzido à delegacia de Acari. Ainda de acordo com populares, o agricultor foi levado para fora de Cruzeta porque havia receio de ele ser linchado. “Todo mundo aqui está revoltado, esperamos que a justiça seja feita! Um animal indefeso, nunca fez mal a ninguém”, narra morador ao blog Jair Sampaio. 

acusado

1 Comentário

José Roberto

dez 12, 2017, 8:54 pm Responder

Hoje depois de rezar o Rosário por este cidadão, me veio uma reflexão sobre este caso, no meu coração humano e pecador pedia a punição severa deste senhor, mas o meu lado cristão me fez refletir sobre aquela passagem do Evangelho em que Jesus fala em (Mateus 5,38-39)”Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente’.Mas eu lhes digo: Não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra”.

Será que Jesus quer e se alegra pelo meu lado pecador em pedir e desejar o mal a outro irmão, retribuindo o mal que ele fez, com o mesmo mal, ou será que eu não estaria agindo como ele, e desagradando a Deus. Será que Jesus não nos pediria para que rezássemos por ele, pedindo a sua conversão e o arrependimento, ao invés da sua condenação, pois não sabemos os reais motivos movidos em um momento de fúria, ao qual qualquer um de nós estamos sujeito a cometer e o tamanho da sua ignorância.

Em uma de sua homilias o Papa Francisco descreveu o trecho do Evangelho em que Jesus exorta os discípulos a buscarem a perfeição de Deus, que leva o seu sol aos bons e aos maus.

“Vocês entenderam o que foi dito, mas eu lhes digo”. A Palavra de Deus e dois modos inconciliáveis de interpretá-la: uma lista árida de deveres e proibições ou o convite a amar o Pai e os irmãos com todo o coração, chegando ao ponto de rezar pelo próprio adversário.

É a dialética do confronto entre os doutores da lei e Jesus; entre a Lei proposta de modo esquemático ao povo hebraico e a seus líderes e a plenitude daquela mesma Lei que Cristo afirma trazer.

Adversários

O Papa reafirma uma convicção já expressa outras vezes. Quando Jesus inicia a sua pregação, hostilizado por seus adversários, ‘a explicação da lei naquele tempo estava em crise’:

“Era uma explicação teórica demais, casuística. Digamos que era uma lei na qual não existia o coração próprio dela, que é o amor de Deus, que Deus nos deu. Por isso, o Senhor repete o que estava no Antigo Testamento: qual é o maior Mandamento? Amar a Deus, com todo o coração, com todas as forças, com toda a alma; e ao próximo como a ti mesmo. E na explicação dos Doutores da Lei isto não constava muito. No centro estavam os casos: isto se pode fazer? Até que ponto se pode fazer aquilo? E se não se pode?… A casuística própria da Lei. E Jesus toma isto e retoma o verdadeiro sentido da Lei para leva-lo à sua plenitude”.

Cura

O Papa coloca em evidência como Jesus oferece “muitos exemplos” para mostrar os Mandamentos sob uma nova luz. “Não matarás”, afirma, também pode significar não insultar um irmão e assim por diante, até a enfatizar como o amor é “mais generoso das palavras da lei”, do manto acrescentado como um presente para aquele que pediu o vestido e os dois quilômetros feitos com aquele que pediu para ser acompanhado somente por um:

“É um trabalho que não é apenas um trabalho para o cumprimento da Lei, mas é um trabalho de cura do coração. Nesta explicação que Jesus faz sobre os Mandamentos – no Evangelho de Mateus, em particular – há um caminho de cura: um coração ferido pelo pecado original – todos nós temos o coração ferido pelo pecado, todos – deve seguir este caminho de cura e curar para assemelhar-se ao Pai, que é perfeito: “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”. Um caminho de cura para ser filhos como o Pai”.

Passo mais difícil

E a perfeição que Jesus indica é aquela contida na passagem do Evangelho de Mateus. “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem”. “É o último passo” desta estrada, afirma o Papa, o mais difícil. Francisco lembra que, quando era jovem, pensando em um dos grandes ditadores da época, era costume rezar para que Deus lhe reservasse em breve o inferno. Em vez disso, conclui, Deus pede um exame de consciência:

“Que o Senhor nos dê a graça, apenas esta: rezar por nossos inimigos; rezar por aqueles que nos desejam o mal, que não nos querem bem; rezar por aqueles que nos ferem, que nos perseguem. E cada um de nós sabe o nome e o sobrenome: rezar por isso, por isso… Garanto a vocês que esta oração vai fazer duas coisas: ele vai melhorar, porque a oração é poderosa, e nós seremos mais filhos do Pai”.

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