Rodoviários entram em greve e ônibus circulam com 40% da frota nesta sexta (23) em Natal

Foto: Ayrton Freire/Inter TV Cabugi

Apenas 40% da frota dos ônibus de Natal saíram da garagem nesta sexta-feira (23), por causa da deflagração da greve dos trabalhadores rodoviários da capital potiguar, segundo informações do sindicato que representa motoristas e cobradores do transporte público.

De acordo com o sindicato, a paralisação acontece pela falta de pagamento do plano de saúde e vale refeição da categoria desde o início da pandemia do coronavírus. Também agravou a situação a demissão de trabalhadores durante a pandemia.

Ainda durante a manhã, a Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU) autorizou os veículos do transporte opcional, os táxis, os veículos do transporte escolar e os veículos de fretamento turístico autorizados pelo DER a realizem lotação e circularem no itinerário das linhas de ônibus, devido a greve. “Tal operação fica autorizada até a volta da normalidade do sistema”, disse em nota.

As paradas ficaram lotadas desde o início da manhã e passageiros reclamaram. “Passei uma hora esperando o ônibus para Ponta Negra. Os quem vêm já chegam cheio. Liguei para o administrador da empresa e ele tá vindo me pegar. Só vou chegar lá porque ele tá vindo”, afirmou o auxiliar de serviços gerais Cleiton Melo.

De acordo com o sindicato dos rodoviários cerca de 250 ônibus saíram das garagens das empresas nesta sexta, quando mais de 500 circulam diariamente na capital. Porém, segundo o Seturn, sindicato que representa as empresas, apenas 208 carros tinham saído no início da manhã, quando deveriam ser 220.

“Isso é um absurdo. Os ônibus nem param mais de tão cheio. Estou indo pra Capim Macio. O Uber tá dando o dobro do preço. Já estou atrasado”, afirmou Carlos Eduardo Damasceno, ajudante de pedreiro.

A greve dos rodoviários era prevista para a última terça-feira (20), porém o sindicato suspendeu a paralisação por 48 horas, por causa de uma audiência de conciliação da Justiça do Trabalho que foi marcada para esta quinta-feira (22).

Houve acordo para pagamento de 50% do plano de saúde, mas as empresas e trabalhadores não chegaram a um acordo sobre o auxílio alimentação. Por isso, a greve foi deflagrada.

G1RN

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