Senador caicoense pede cassação de parlamentares da oposição que invadiram mesa do senado

O senador José Medeiros (PSD-MT) protocolou há pouco, no Conselho de Ética, um pedido de abertura de processo para a cassação de sete senadores da oposição, seis mulheres e o senador Lingbergh Farias (PT-RJ), por quebra de decoro. As parlamentares representadas são Gleisi Hofmann (PT-PR), Vanessa Grazziotin (PcdoB-AM), Fátima Bezerra (PT-RN), Regina Souza (PT-PI), Ângela Portela (PDT-RR) e Lídice da Mata (PSD-BA).

“Eu incluí o Lindbergh também, porque ele e o José Dirceu (ex-ministro de Lula, hoje em prisão domiciliar) são os mentores intelectuais disso aqui. A informação é que os senadores se reuniram ontem com Dirceu e armaram essa tomada do plenário. Só vi isso quando estava na universidade, quando eu militava na UNE (União Nacional dos Estudantes). Eles querem transformar o Senado em um grêmio estudantil”, afirmou Medeiros, que recolheu 13 assinaturas de senadores pedindo a representação no Conselho de Ética.

“Isso sim é golpe. Sentar na cadeira a impedir que os senadores legislem”, completou.

O senador João Alberto (PMDB-MA), presidente do Conselho de Ética, disse que a confusão começou logo pela manhã, quando chegou ao plenário para abrir a sessão. Fátima Bezerra se antecipou e se sentou na cadeira do presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

— Eu disse a ela: sou o segundo vice-presidente e quero assumir. Você não é nem da mesa. Vou assumir e abrir a sessão — disse João Alberto, acrescentando que a senadora se recusou a sair.

A denúncia protocolada no colegiado é assinada por 14 senadores: Ana Amélia (PP-RS), Cidinho Santos (PR-MT), Gladson Cameli (PP-AC), Eduardo Lopes (PRB-RJ), Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), Antonio Anastasia (PSDB-MG), Elmano Férrer (PMDB-PI), Wilder Morais (PP-GO), Cristovam Buarque (PPS-DF), Ciro Nogueira (PP-PI), Romário (PODE-RJ), Ataídes Oliveira (PSDB-TO) e Ronaldo Caiado (DEM-GO).

O documento solicita a “instauração de procedimento disciplinar para verificação de prática de ato incompatível com a ética e o decoro parlamentar, pelos senadores que impediram a continuidade regular da 100ª Sessão Deliberativa Extraordinária”.

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