Sesap alerta para acidentes com animais peçonhentos

Com a chegada do verão aumenta o número de acidentes com alguns animais peçonhentos, como escorpiões. A ida de muitas pessoas para as praias e a permanência maior das crianças em casa, por causa das férias escolares, faz aumentar o registro de acidentes com escorpiões e animais aquáticos, como caravelas e águas vivas. 

Por isso, é importante que nesse período sejam intensificadas as estratégias de prevenção e controle destes acidentes junto às populações expostas e de maior risco, principalmente com crianças.

No período de 2018 até 2021, de acordo com o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), o RN registrou 23 óbitos por animais peçonhentos, sendo 9 por serpentes e 3 por escorpião.

Acidente com escorpiões
Entre 2018 a 2020, 63,6% dos acidentes por animais peçonhentos do estado foram causados por escorpião, uma média de 418 acidentes por mês, sendo que entre os meses de dezembro a março essa média é de 482 acidentes/mês, um aumento de 15%. Já os acidentes por serpentes têm maior incidência entre os meses de maio a agosto, sendo a média anual de 58 acidentes/mês, e entre os meses de maio a agosto a média é de 83 acidentes/mês, um acréscimo de 42%.

Os acidentes escorpiônicos,  apesar de serem os mais frequentes, em sua maioria apresentam manifestações locais leves, como dor de instalação imediata que pode se irradiar para o membro e ser acompanhada de formigamento ou ardência, inchaço e sudorese no local. Esses sintomas comuns costumam melhorar em algumas horas sem a necessidade da utilização de soro antiescorpiônico.

Em algumas situações os sintomas são mais graves e podem surgir em até duas ou três horas após a picada. Uma vez que seja diagnosticada a necessidade de soroterapia esta deve ser realizada o mais precocemente possível e, por isso, o tempo entre o acidente e o atendimento médico é crucial, principalmente em casos que envolvam crianças e idosos.

Medidas de prevenção 
Animais peçonhentos costumam ser encontrados em locais como florestas, matas, trilhas, áreas com acúmulo de lixos, atividades de lazer, de limpeza, serviços de jardinagem, entre outros. Por isso é importante o uso de equipamentos de proteção individual (EPI), como luvas de couro, botas de cano alto e perneira principalmente ao frequentar esses locais.

Uma dica importante é não colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros, entre espaços situados em montes de lenha ou entre pedras. Caso seja necessário mexer nestes locais, usar um pedaço de madeira, enxada ou foice.

Outra é não mexer em colmeias e vespeiros. Caso estes estejam em áreas de risco de acidente, contatar a autoridade local competente para a remoção. As informações são da Tribuna do Norte.

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