Só o que faltava: Defesa do agressor de Bolsonaro culpa o candidato pela agressão

A defesa de Adélio Bispo de Oliveira, liderada pelo advogado mineiro Zanone Manuel de Oliveira Júnior, informou nesta sexta-feira (7), logo após a audiência de custódia, que a declaração de Jair Bolsonaro sobre uma comunidade quilombola, feita no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, em abril de 2017, foi determinante para o agressor cometer o crime.

“Ele se identifica como negro e sentiu muita raiva quando Bolsonaro disse que eles não serviriam sequer para procriar”, afirmou o advogado.

Em entrevista à rádio Super Notícia 91,7 FM, Zanone contou que seu cliente já fez uso de remédios para tratamento psiquiátrico e explicou que vai requerer um médico. “Vamos solicitar que um incidente de insanidade mental seja instaurado”, informou.

Segundo o advogado, membros da igreja Testemunha de Jeová, de Montes Claros, entraram em contato com ele para que fosse até Juiz de Fora assumir o caso. Zanone contou que seu cliente era frequentador da igreja e disse não saber se continuará atuando no caso. Sobre a remuneração, o advogado afirmou que ainda não recebeu nada e que a forma de pagamento ainda não foi definida.

A defesa concordou com a transferência de Bispo para um presídio federal para assegurar a segurança de seu cliente. De acordo com Zanone, o autor afirma ter agido sozinho. Ele contou que Adélio Bispo é muito politizado, mas disse não saber se é apoiador de algum candidato em específico. “Ele alega que agiu sozinho e por razão política. É nítido que os discursos de Bolsonaro mexiam com ele. Adélio é capaz de citar cada vírgula dos discursos do candidato contra gays ”, disse.

Ataque

Na sexta-feira (6), ao ser carregado por apoiadores durante um ato de campanha em Juiz de Fora (MG), Bolsonaro levou uma facada no abdôme. Ele foi levado para a Santa Casa de Juiz de Fora, onde foi submetido a uma cirurgia. Hoje pela manhã, o presidenciável foi transferido para o Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

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