Sujou: após ter seu nome citado por delator do escândalo do Idema, Cláudio Santos acusa promotores de abuso de autoridade

O desembargador Cláudio Santos reagiu à citação de seu nome na divulgação da Operação Dama de Espadas, se dizendo estupefato com as circunstâncias trazidas a público na última quarta-feira (3). Magistrado foi incluído em denúncia apresentada em primeiro grau. Ele também rebate as acusações que considera vagas.

“Lamentos que alguns integrantes do Ministério Público Estadual tenham colocado pontualmente o trecho da delação mencionada, na Denúncia contra terceiros, citando meu nome, em completa usurpação de competência e eventual abuso de autoridade, além de desnecessária, fato que não se coaduna com a estrita obediência à lei por parte dessa instituição, pois todos devem primar pelo respeito à honra das pessoas”, diz trecho do documento.

Em delação ao Ministério Público, Gutson Reinaldo, pivô de outra operação, a Candeeiro, que apura irregularidades no Idema, informou sobre um suposto acerto entre o deputado estadual Ricardo Motta e o desembargador Cláudio Santos na tratativa de cargos na Assembleia Legislativa, no Tribunal de Contas do Estado e no Tribunal de Justiça.

“Eu vim saber dessa situação que durante algum período continuou saindo esses dois pagamentos dela [Mariana Morgana, filha de Gutson], tanto da Assembleia como o do Tribunal, o do Tribunal de Contas ela repassava pro deputado Ricardo Mota, a Morgana, e ficaria com o da Assembleia e esse desembargador ficou com esse outro valor desse da Assembleia”, disse o delator, que, apesar da colaboração, não conseguiu negociar imunidade para sua filha, que foi denunciada por peculato.

“Quanto a eventual irregularidade por troca de nomeações no TJ e na AL, informo que a minha filha, que trabalha na AL, foi nomeada no dia 12/03/02013, portanto 02 anos após a nomeação da Sra. Mariana Morgana, fato para o qual absolutamente não diligenciei, conforme documentos públicos em meu poder”, rebate o desembargador.

O deputado Ricardo Motta ainda não se manifestou

*Atualização: O desembargador Cláudio Santos presidiu o TJRN no biênio 2015/2016, e não 2016/2017, como consta na nota.

Do Portal no Ar
Por Dinarte Assunção




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