Supremo decide mandar o goleiro Bruno de volta à prisão

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, por três votos a um, revogar a decisão liminar (provisória) que há pouco mais de dois meses deu a liberdade ao goleiro Bruno Fernandes de Souza, 32, atualmente no Boa Esporte Clube (MG), que vai disputar a Série B do Brasileiro.

Os ministros julgaram a medida na tarde desta terça-feira (25) e determinaram o retorno imediato do atleta à prisão.

Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão em março de 2013, por homicídio triplamente qualificado e outros crimes. Ele foi preso em julho de 2010 –primeiro em prisão temporária, decretada na fase de investigação, e, desde agosto daquele ano, em prisão preventiva (sem prazo).

Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão em março de 2013, por homicídio triplamente qualificado e outros crimes. Ele foi preso em julho de 2010 –primeiro em prisão temporária, decretada na fase de investigação, e, desde agosto daquele ano, em prisão preventiva (sem prazo).

O goleiro foi solto no último dia 24 de fevereiro, após decisão liminar de habeas corpus do ministro do STF Marco Aurélio Mello, que é presidente da Primeira Turma da Corte, composta por cinco membros. Marco Aurélio argumentou que o goleiro, que recorreu da condenação na Justiça mineira, teria de aguardar a análise do recurso em liberdade. 

Relator do habeas corpus no julgamento de hoje, o ministro Alexandre de Moraes disse não ter identificado excesso de prazo nem inércia do Poder Judiciário. “O caso era complexo, com uma série de recursos não só do Ministério Público, mas também da defesa”, disse Moraes.

O ministro afirmou que o Tribunal do Júri da Comarca de Contagem, em Minas Gerais, analisou, julgou e aplicou a pena que achou devida e defendeu a soberania do veredito do júri popular. Ele destacou ainda que Bruno é réu confesso.

Os ministros Luiz Fux e Rosa Weber acompanharam o voto do relator. Apenas Marco Aurélio Mello votou a favor do habeas corpus, mantendo a sua decisão anterior. “Li certa vez que há mais coragem em ser justo parecendo injusto, do que ser injusto para salvaguardar as aparências de Justiça”, declarou, no início da sua manifestação.

O ministro Luís Roberto Barroso, que pertence à Primeira Turma, não compareceu à sessão. Segundo a assessoria de imprensa do STF, o ministro está nos EUA.

Mais detalhes: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2017/04/25/supremo-derruba-liminar-e-determina-retorno-do-goleiro-bruno-a-prisao.htm?cmpid=webalert-homeuol

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