Lula usou ex-primeira-dama como escudo no processo do tríplex do Guarujá

Falecida em fevereiro deste ano, a ex-primeira-dama Marisa Letícia esteve “presente” em boa parte do depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz Sergio Moro, na quarta-feira (10).

Em quase todas as vezes que foi inquerido sobre o tríplex no Guarujá (SP), Lula respondia citando o nome da esposa, lembrando que foi ela a responsável pela compra da cota do polêmico apartamento.

Ainda durante o depoimento, o petista também contou “curiosidades” sobre a ex-primeira dama, como problemas que lhe causavam dores na cartilagem e o fato de ela não gostar de praia.Mais >

Lula gosta de perder dinheiro e outras conclusões do depoimento a Sergio Moro

O depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz Sergio Moro na quarta-feira (10) não foi um ato processual ordinário. Foi também um ato político e um marco histórico – o primeiro presidente a prestar depoimento por suspeita de corrupção a um juiz de primeira instância. Isso ficou marcado no cenário montado pelo PT e outras entidades e pela postura de Lula no depoimento. E não chegou a haver um duelo, como muita gente retratou o encontro entre o ex-presidente e o juiz que conduz a Lava Jato na Justiça Federal do Paraná.

Lula esteve em Curitiba para falar do caso do apartamento no Guarujá que teria sido reservado a ele pela construtora OAS. O imóvel seria um “upgrade” de um apartamento simples comprado pela esposa falecida de Lula, Marisa Letícia, e teria passado por uma reforma milionária para receber a família do petista. O gasto da OAS não foi sem interesse: segundo a acusação do Ministério Público Federal, o negócio teria sido custeado com propina de obras da Petrobras feitas pela empreiteira.Mais >

Lula vai voltar a Curitiba para ao menos mais um depoimento com Moro

O dia 10 de maio de 2017 vai entrar para a história da operação Lava Jato, com o primeiro interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao juiz federal Sergio Moro.

O ato, comum em todos os processos penais, modificou a rotina da cidade, com bloqueio de várias ruas no entorno do prédio da Justiça Federal, além de manifestações pró Lula e pró Sergio Moro em pontos diferentes da capital. Desde a semana passada, grupos de manifestantes começaram a chegar para marcar posição.

Mas essa não será a única passagem de Lula em Curitiba por determinação judicial. Isso porque o ex-presidente é réu em mais um processo na Lava Jato na Justiça Federal do Paraná e também deverá ser ouvido por Moro nesse processo, no segundo semestre deste ano.Mais >

Agente da PF ‘gato de Curitiba’ chama tanta atenção quanto depoimento de Lula

Na operação montada para o depoimento do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva ao juiz Sérgio Moro, em Curitiba, um personagem ganhou destaque: Jorge Chastalo, do Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPI).  Poucos minutos depois de ter sido clicado pelo fotógrafo Theo Marques, ele ficou conhecido como “policial gato” e a imagem viralizou.Mais >

Delações, powerpoint e coerção: as brigas que Lula tentou puxar com Moro

Em vários embates ríspidos que teve com o juiz Sergio Moro durante depoimento nesta quarta-feira (10), em Curitiba, o ex-presidente Lula disse que a Operação Lava Jato forçou testemunhas a incriminá-lo no processo sobre o tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo. Nas considerações finais, declarou que é “vitima da maior caçada jurídica que um presidente já teve”.

Antes, próximo à segunda metade da audiência, reclamou da conduta da Lava Jato. “O que aconteceu nos últimos 30 dias, doutor Moro, vai passar para a história como o mês Lula. Porque foi o mês em que vocês trabalharam, sobretudo o Ministério Público, para trazer todo mundo para falar uma senha chamada Lula. O objetivo era dizer Lula. Se não falasse Lula, não valia”, disse o ex-presidente, no começo da segunda metade da audiência.

Segundo o petista, Moro e os procuradores da operação ouviram 73 testemunhas sobre o caso, grande parte da acusação, mas nenhuma realmente o “incriminou” durante os depoimentos. Pouco depois, Moro perguntou se Lula se achava que existia uma “conspiração” contra ele. Lula respondeu que não, mas que estava “atento” à condução do processo.Mais >

Lula: “Se fiz algo de errado, quero ser julgado antes pelo povo brasileiro”

Para uma plateia estimada em 5 mil pessoas na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou na noite desta quarta-feira (10) o desejo de ser candidato à Presidência da República e disse que o julgamento dele não deve ser feito somente pela Justiça, mas também nas urnas.

“Se eu fiz algo errado, eu quero ser julgado pelo povo brasileiro, antes de ser julgado pela justiça”, afirmou do alto de um palanque em que estavam presentes ainda a ex-presidente Dilma Rousseff e a o presidente nacional do PT, Rui Falcão. “Não quero ser julgado por convicções, mas por provas”, exclamou o líder petista.Mais >

Lula diz a Moro que nunca teve intenção de comprar o tríplex

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em depoimento ao juiz Sergio Moro que nunca teve a intenção de comprar um tríplex no Guarujá. Ele afirmou que a compra de um apartamento simples foi fechada pela sua esposa, Marisa Letícia, em 2005.

“Não havia no início e não havia fim [intenção de adquirir um tríplex]”, afirmou o ex-presidente. “Nunca houve a intenção de adquirir um tríplex.”

“Eu fiquei sabendo do apartamento em 2005, quando comprou e declarou no Imposto de Renda em 2006´”, disse. Lula negou ter conhecimento do termo de adesão apreendido em seu apartamento em São Bernardo do Campo, no qual aparecia uma menção ao apartamento duplex que seria transformado em tríplex depois de a obra ser assumida pela OAS, em 2009.Mais >

Lula em Curitiba: Justiça proíbe montagem de acampamentos em toda a cidade

A Justiça do Paraná, atendendo a um pedido da prefeitura de Curitiba, proibiu a montagem de estruturas e acampamentos nas ruas e praças da cidade entre a noite desta segunda-feira (8) e as 23 horas da quarta-feira (10), dia em que o ex-presidente Lula prestará depoimento ao Juiz Sergio Moro, na capital paranaense. Caso a determinação seja desrespeita, será aplicada multa diária de R$ 50 mil.Mais >