Agora, evangélico, Eduardo Cunha ‘recorre’ ao Papa para se defender

Evangélico, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha diz ser obrigado a recorrer ao representante máximo da Igreja Católica diante da recusa do ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), de colocar seu pedido de liberdade em julgamento. Preso desde outubro passado, ele também insinua que Fachin tem relações umbilicais com os donos da JBS e reclama da lógica por trás das negociações dos acordos de delação premiada, que, no seu caso, mostraram-se infrutíferas até agora.

A seguir, a íntegra da carta-protesto do ex-deputado, escrita da carceragem do Complexo Médico Penal, em Curitiba:

“Apesar de ser evangélico e não acreditar que o papa é o representante de Deus na Terra, tenho de me render ao ditado popular e, quando não se tem mais a quem recorrer, recorra ao bispo ou ao papa. Como o papa é mais graduado, ficarei com ele. No último dia 2 de maio, foi julgado o habeas corpus de Jose Dirceu na 2ª turma do STF e contra a vontade e o voto do relator, ministro Edson Fachin, foi libertado Dirceu. A partir desse momento, como uma criança que perde e leva a sua bola para casa acabando com o jogo, o ministro não pautou mais nenhum HC na turma. Ainda levou o HC de Palocci para o pleno do STF, sem pautá-lo, levando inclusive Palocci a impetrar um HC contra o próprio ministro Fachin pedindo julgamento.Mais >