Quase 200 mortos em 48 horas por bombardeios na Síria

Quase 200 pessoas morrerem, entre elas 60 crianças, e 470 ficaram feridas durante as últimas 48 horas na periferia de Damasco sob os bombardeios da aviação síria, no que o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), organização que monitora o conflito sírio através de uma rede de informantes na região) descreveu como “o balanço mais mortífero dos últimos três anos [na periferia de Damasco]”.

A ONU contabiliza em 393.000 os habitantes de Guta Oriental, a leste de Damasco, que desde 2013 sobrevivem sob um duplo cerco imposto pelas tropas regulares sírias no perímetro exterior e pelas milícias islâmicas que controlam o interior dos bairros cercados.

O intenso fogo de artilharia durante as últimas duas semanas marca o prelúdio da iminente ofensiva terrestre das forças especiais sírias, que estão sendo reagrupadas nos arredores de Damasco para penetrar no maior reduto insurrecto da capital.Mais >

Projeto artístico brasileiro desembarca na Síria nesta quinta-feira

Após quase duas semanas de muitas atividades no Líbano, onde pintaram escolas e alojamentos, e desenvolveram oficinas de arte para crianças e adolescentes em campos de refugiados na província de Beqaa, os grafiteiros curitibanos Rimon Guimarães e Zéh Palito entrarão na Síria nesta quinta-feira, dia 20 de abril, para levar arte e esperança para a população.

Desde 2011, a Guerra na Síria já tirou a vida de mais de 400 mil pessoas, além de tirar de casa mais de 11 milhões de pessoas e gerar o número alarmante de 5 milhões de refugiados. Mais >

Rússia e Irã alertam EUA sobre possíveis represálias caso voltem a atacar a Síria

O centro de comando conjunto das tropas aliadas do presidente sírio, Bachar al Assad, que incluem forças da Rússia, Irã, o Hezbolá e várias milícias ligadas ao regime, advertiu os Estados Unidos que responderá com a força caso o país volte a atacar a Síria, como os norte-americanos fizeram na sexta-feira passada, quando Donald Trump mandou bombardear com mísseis Tomahawk a base aérea de Shayrat.Mais >

Sobreviventes do ataque químico na Síria: “Respirava-se morte”

Era de madrugada e reinava o silêncio quando Alaa al Yusef, de 27 anos, escutou o estrondo. Quatro projéteis acabavam de cair do céu sobre Jan Sheijun, a cidade síria que vive sob o controle dos rebeldes. Al Yusef compreendeu que não se tratava de um bombardeio normal — aos quais estão acostumados depois de seis anos de guerra — ao ver que os feridos não melhoravam mesmo quando se esborrifava neles “água, vinagre ou Coca-Cola”. O efeito do ataque com gás tóxico começava a aparecer.

Um a um, 19 membros da família de Al Yusef iriam morrer nas horas seguintes. Os depoimentos que este jornal recolheu entre os sobreviventes do bombardeio, pelo qual vem sendo responsabilizado o Exército de Bashar al Assad, compõem um retrato da barbárie. “Em segundos tudo se transformou em morte. Respirava-se e via-se morte por todas as partes”, relata Al Yusef em mensagens de voz no Whatsapp.Mais >

Por quê a guerra na Síria?

Ao longo dos últimos 5 anos e meio, mais de 200 mil sírios perderam suas vidas no conflito entre tropas leais ao presidente Bashar al-Assad e as forças de oposição. A violenta guerra já destruiu bairros inteiros e deixou 11 milhões de desabrigados.

O combate entre o governo e a oposição não para. A ajuda humanitária chega esporadicamente a alguns lugares. Milhares de sírios permanecem presos em cidades sitiadas.

A oposição se fragmentou até incluir facções islâmicas com vínculos com a Al-Qaeda, cujas táticas brutais têm causado preocupação e levado à violência até mesmo entre os rebeldes.Mais >

Jair Bolsonaro ataca a falta de controle na entrada de “refugiados” sírios no Brasil

01 (1)São Paulo – Posições e declarações polêmicas não são novidade para o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ). Confira vídeo aqui!

Mas o parlamentar sempre parece procurar se superar, como é o caso na sua nova manifestação, agora para criticar a política de receber “de braços abertos” – como disse a presidente Dilma Rousseff recentemente – os refugiados de várias partes do mundo.

O alto número de sírios que já estão no Brasil, fugindo da guerra civil que assola a nação no Oriente Médio, serviu de combustível para Bolsonaro exalar um discurso xenófobo e generalista em relação ao que ele chama de “falta de controle” com aqueles que estão desembarcando no país.

Nem que, para sustentar o seu raciocínio, ele tenha colocado Norte da África e Oriente Médio como uma coisa só – o que, geograficamente, não corresponde à realidade:

“O Norte da África vive atualmente uma situação político-terrorista, onde gente de toda origem e credo está saindo daquela região, que transformou-se na antessala do inferno. Junto com essas pessoas, muitas de bem, outras de péssima índole embarcam nessa onda.Mais >